O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 4 pontos de julho para agosto, atingindo 83,1 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira, 28.
“A confiança no comércio caiu pela segunda vez seguida, de forma mais forte, revertendo a melhora observada no segundo trimestre”, afirmou Geórgia Veloso, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em comunicado oficial.
Em agosto, houve queda na confiança em todos os seis principais setores do comércio, principalmente nas expectativas para o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,7 ponto, chegando a 86,5, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) teve queda de 6,4 pontos, para 80,3 pontos.
Veloso destacou que os componentes do índice permanecem abaixo de 90 pontos e que a queda nas expectativas é preocupante para os próximos meses, refletindo a apreensão com o cenário econômico e o aumento dos custos financeiros para os negócios.
Dentro do IE-COM, a perspectiva de vendas para os próximos três meses teve queda de 7,1 pontos, ficando em 79,3, e as expectativas para os próximos seis meses diminuíram 5,4 pontos, para 82,1.
Já no ISA-COM, o nível da demanda atual caiu 0,6 ponto, para 88,1, e a avaliação da situação dos negócios recuou 2,7 pontos, para 85,2.
O Indicador de Desconforto do Comércio, que mede os fatores que dificultam o avanço dos negócios, atingiu o maior valor desde abril de 2022.
Veloso complementou que o custo financeiro está se tornando a maior dificuldade para os negócios, que agora enfrentam desafios não apenas para a retomada da demanda, mas também para manter sua saúde financeira.
A pesquisa da Sondagem do Comércio de agosto foi realizada entre os dias 1 e 26 do mês.