O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) aumentou 1,1 ponto em novembro, alcançando 48,3 pontos, conforme divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na última quinta-feira, dia 13.
Apesar desse crescimento, Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, alerta que ainda é cedo para afirmar uma recuperação da confiança dos empresários. Ela destaca que isso depende da resolução de diversos desafios enfrentados, como alta carga de impostos, juros elevados, baixa demanda interna e falta de trabalhadores qualificados.
Mesmo com a terceira alta consecutiva do índice, ele permanece abaixo dos 50 pontos, indicando pessimismo entre os empresários da indústria pelo 11º mês seguido. Os índices variam de 0 a 100, e valores inferiores a 50 representam uma visão negativa.
Todos os componentes do Icei registraram alta em novembro. A CNI explica que a falta de confiança diminuiu devido a uma visão menos negativa sobre a situação atual e a melhora das expectativas para os próximos meses.
O índice referente às condições atuais subiu 1,1 ponto, chegando a 44,3 pontos. Mesmo com a queda do pessimismo, o indicador continua abaixo de 50, o que significa que a indústria avalia o momento econômico e das empresas como pior que seis meses atrás.
Já o índice de expectativas cresceu 1,3 ponto, alcançando 50,4 pontos. Este indicador estava abaixo de 50 desde julho e agora sinaliza que os empresários industriais passaram a ter uma confiança maior sobre as perspectivas para os próximos seis meses, com projeções mais otimistas para seus negócios.
A pesquisa entrevistou 1.151 empresas entre 3 e 7 de novembro, incluindo 459 de pequeno porte, 415 de médio porte e 277 de grande porte.
Estadão Conteúdo
