Policiais federais cumpriram mandados na cidade da região de Campinas. A PF ainda não informou o que foi apreendido no condomínio de alto padrão.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Valinhos (SP) que fazem parte da 26ª fase da Operação Lava Jato que investiga executivos da empresa Odebrecht. Os policiais foram até o condomínio de luxo Village Visconde de Itamaracá. Um ex-árbitro de futebol de Jundiaí (SP) foi encaminhado por condução coercitiva para a PF de Campinas (SP) na manhã desta terça-feira (22).
A movimentação na sede da Polícia Federalem Campinas foi grande. O mandado de condução coercitiva contra o ex-árbitro de futebol Flávio Magalhães foi cumprido em Jundiaí. Magalhães foi trazido a Campinas para prestar depoimento.
Os policiais federais de Campinas estiveram no condomínio Village Visconde de Itamaracá, na Rua Emílio Romanetti, para cumprir mandados de busca e apreensão. Mas a Polícia Federal ainda não informou quem seria o investigado em Valinhos.
A Odebrecht, uma das empresas investigadas na operação, tinha uma estrutura profissional de pagamento de propina em dinheiro no Brasil. A empresa, ainda conforme a investigação, tinha funcionários dedicados a uma espécie de contabilidade paralela que visava pagamentos ilícitos.
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.
A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a Polícia Federal (PF), estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertecente à contabilidade paralela da empresa.
“Se chegou a observar R$ 9 milhões de um dia para outro em dinheiro em espécie”, disse a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Laura Gonçalves Tesser. Os pagamentos ilegais ocorreram já com mais de um ano da Lava Jato em curso.