Recentemente, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) informou que o Brasil não faz mais parte do chamado Mapa da Fome. Menos de 2,5% da população do país está em risco de não ter alimentos suficientes, o que significa uma redução no número de pessoas que não consomem a quantidade mínima necessária de calorias e nutrientes para uma vida saudável. Esses dados referem-se à média trienal de 2022, 2023 e 2024.
Essa conquista é resultado de políticas públicas que focam em garantir segurança alimentar e reduzir a pobreza no país. O Distrito Federal, através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), tem desempenhado um papel importante ao aumentar investimentos e criar programas que facilitam o acesso a alimentos regulares e de qualidade.
Dentre as ações da Sedes-DF estão os programas Cartão Prato Cheio, que oferece um benefício de R$ 250 por 18 meses a famílias em situação de vulnerabilidade para compra de alimentos, e a Cesta Verde, que fornece frutas, verduras e legumes frescos pelo menos uma vez durante o período do Cartão Prato Cheio. Além disso, o Cartão Gás oferece um auxílio financeiro de R$ 100 a cada dois meses. Juntos, esses programas já atenderam quase três milhões de famílias desde 2020.
“Hoje, o Cartão Prato Cheio é o maior programa de segurança alimentar e nutricional do país. Nos últimos quatro anos, mais de 670 mil famílias receberam o benefício, totalizando um investimento maior que R$ 900 milhões”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.
Outra iniciativa importante é a expansão dos restaurantes comunitários no DF, que passaram de 14 para 18 unidades. Quinze desses restaurantes servem café da manhã, almoço e jantar a um preço simbólico de R$ 2, garantindo refeições acessíveis e nutritivas para pessoas em situação de vulnerabilidade. Antes, esses restaurantes serviam apenas almoço, custando R$ 3. Segundo dados da Sedes-DF, o número de refeições servidas saltou de 6,5 milhões em 2019 para 14 milhões em 2024. Ana Paula Marra ressalta que o DF teve um crescimento de 9,2% no índice de segurança alimentar, indicando progresso na luta contra a fome.
Nos últimos quatro anos, os investimentos em segurança alimentar e nutricional no DF quadruplicaram, passando de menos de R$ 100 milhões em 2020 para quase R$ 400 milhões em 2024.
Ana Paula Marra também enfatiza que políticas em outras áreas têm sido essenciais para garantir segurança alimentar, como o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e ações que estimulam a geração de emprego e renda.
Mapa da Fome
Os dados do Mapa da Fome são apresentados no relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025, lançado pela FAO durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU (UNFSS+4) em julho. Em 2014, o Brasil já havia saído da lista de países com pessoas em situação de fome, mas voltou após um aumento da insegurança alimentar entre 2018 e 2020.
Com informações Agência Brasília