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quinta-feira, 27/11/2025




Como manicure, chapeira e soldado criaram quadrilha no Distrito Federal

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Em Brasília

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou, na manhã desta quinta-feira (27/11), uma nova etapa da Operação Cortina de Fumaça, liderada pela Divisão de Análise de Crimes Virtuais (DCV/CORF). A investigação foca em um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias, que se destacava pela diversidade das ocupações de seus membros.

De acordo com a PCDF, o grupo era formado por indivíduos com vidas cotidianas aparentemente normais: um ex-soldado do Exército Brasileiro, uma manicure, uma funcionária de rede de fast food e um vendedor. Juntos, eles atuavam em um esquema de desvio e movimentação ilegal de dinheiro, esvaziando contas bancárias de vítimas em todo o Distrito Federal.

O caso começou a ser descoberto após a prisão em flagrante de dois suspeitos, incluindo o ex-militar do 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado. Na detenção, ambos realizavam saques e pagamentos com valores desviados de uma conta fraudada, causando prejuízo estimado em R$ 100 mil a uma instituição financeira.

Parte do dinheiro era rapidamente transferida para contas de chamados “contas de apoio” — pessoas que cedem suas contas para movimentações ilícitas, facilitando a lavagem de dinheiro e dificultando o rastreamento pelas autoridades.

Em fases anteriores da operação, foram recolhidos celulares, documentos e registros bancários que permitiram entender a logística da quadrilha. Esses elementos ajudaram a identificar não só os executores, mas também os membros que davam suporte às ações, disfarçados por suas rotinas comuns.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cinco regiões do Distrito Federal: Guará, Vicente Pires, Estrutural, Recanto das Emas e Ceilândia.

  • Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, mídias digitais e dinheiro em espécie.

Todo o material será analisado para mapear a extensão das fraudes e descobrir possíveis novos envolvidos no esquema. A PCDF destaca que os crimes de fraude bancária prejudicam muito além das vítimas diretas, pois aumentam os custos operacionais, dificultam o acesso ao crédito e comprometem a segurança de todo o sistema financeiro.

A corporação reafirma seu compromisso de continuar agindo com rigor para desmantelar organizações criminosas que utilizam tecnologia para aplicar golpes no Distrito Federal.




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