Consumir azeite adulterado ou de qualidade inferior pode representar um risco para a saúde. Muitas vezes, esses azeites são misturados com óleos refinados, oxidados ou armazenados de forma inadequada, podendo conter compostos que reduzem seus benefícios.
Em junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desqualificou oito marcas de azeite de oliva por fraude. Em maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de algumas marcas também por irregularidades.
Como reconhecer azeite adulterado
- Desconfie de preços muito baixos;
- Verifique se a empresa é cadastrada no Mapa;
- Consulte a lista de produtos irregulares divulgada pelo Mapa;
- Não compre azeite vendido a granel;
- Confira a validade e os ingredientes;
- Prefira produtos com data de envase recente;
- Procure por selos e prêmios internacionais nos rótulos;
- Azeites de qualidade geralmente vêm em garrafas de vidro escuro;
- Avalie o cheiro e aparência do azeite.
Faça a escolha certa
Para evitar fraudes, observe o produto atentamente no momento da compra. O rótulo precisa conter a data de envase e validade, origem, nome do produtor e lacre de segurança. A embalagem em vidro escuro é importante para proteger o azeite da luz e do calor, conforme explica a chefe de cozinha e especialista em azeites de oliva Leninha Camargo.
A presença de certificações como Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP), além de prêmios internacionais, são bons sinais de confiabilidade.
Benefícios do azeite genuíno
O azeite de oliva traz muitos benefícios para a saúde quando de procedência confiável.
Análise sensorial
Leninha Camargo destaca que a análise sensorial é uma ferramenta valiosa para identificar defeitos e assegurar que o azeite seja extravirgem. Esse teste detecta problemas como ranço, mofo ou fermentação que não aparecem em análises laboratoriais, sendo vital para combater fraudes.
É importante entender que acidez no rótulo indica um parâmetro químico, e não sensorial. A acidez isolada não garante a qualidade do azeite, que pode estar oxidado ou adulterado mesmo com baixa acidez.
Teste do congelador
O chamado “teste do congelador”, onde se observa se o azeite solidifica em baixas temperaturas, não é um método confiável para verificar pureza ou qualidade. Segundo Leninha Camargo, o ponto de congelamento varia conforme a variedade da azeitona, origem, frescor e processo de extração.