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quarta-feira, 25/06/2025




Como cuidar e compreender seus animais de estimação

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O comportamento dos pets, especialmente cães e gatos, é um tema fascinante que chama a atenção de muitos donos. Entender o que se passa na mente desses companheiros pode ser essencial para fortalecer o vínculo com eles e enfrentar possíveis desafios de comportamento.

Assim como os seres humanos, os animais de estimação possuem personalidades distintas e reagem de maneiras diversas a diferentes situações.

Em 1960, o professor Walter Hugo de Andrade Cunha, pioneiro da Psicologia Animal e da Etologia no Brasil, iniciou estudos e pesquisas sobre o desenvolvimento dessa área, tanto no ensino quanto na pesquisa. Segundo a Revista FAPESP, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, na mesma época, o psicólogo foi responsável pela criação do laboratório de Psicologia Comparada da USP, local que sediou o primeiro programa de pós-graduação em etologia e comportamento animal do país. Ele defendeu sua tese, posteriormente publicada em livro intitulado Explorações no mundo psicológico das formigas (Ática, 1980), e orientou os primeiros pós-graduandos em comportamento animal.

Apesar desses estudos terem começado há cerca de 60 anos, os desafios relacionados ao comportamento animal permanecem, sobretudo diante do crescimento do movimento pet parenting no Brasil. Além disso, a pandemia intensificou pesquisas focadas na saúde e no bem-estar animal.

O Núcleo de Apoio à Pesquisa em Expressão das Emoções no Homem e nos Animais (NAP), da USP, dedicado ao estudo comportamental e emocional dos animais, divulgou em julho de 2022 um resumo do Projeto “Leitura de emoções a partir das expressões faciais de cães por humanos”. A pesquisa, conduzida por Tina Bloom em seu doutorado sob supervisão de Harris Fridman (2010), analisou fotografias da face de um pastor belga Malinois, macho de 5 anos, em situações criadas para desencadear emoções básicas descritas por Ekman e Friesen: alegria, tristeza, surpresa, nojo, raiva e medo.

O estudo indicou que características como sobrancelhas marcadas e a visibilidade da esclera (parte branca do olho) podem expressar maior intensidade de emoções como tristeza e medo nos cães.

Segundo pesquisa da Escola Cummings de Medicina Veterinária, da Universidade Tufts, Estados Unidos, um cão ansioso pode apresentar comportamentos como ofegar, andar inquieto, tremer, babar, evitar o dono ou se esconder. Alternativamente, pode mostrar irritação e agressividade, com latidos e rosnados, ou ainda ser excessivamente afetuoso, buscando contato constante com o tutor ou pulando em visitas.

Para prevenir ansiedade, o estudo recomenda que os cães sejam socializados e expostos de maneira tranquila a variadas situações durante o período crítico de desenvolvimento entre três e 14 semanas de idade.

Para gerenciar ou evitar ansiedade em cães adultos, é fundamental manter uma rotina consistente e previsível, proporcionar exercícios e estímulos mentais adequados à idade, raça, interesses e saúde do animal, além de compreender e respeitar a linguagem corporal e comunicação social dos cães. Um treinamento adequado e o respeito às necessidades do pet, como receber carinho, momentos de descanso, alimentação tranquila e tempo para ficar sozinho ou com pessoas, aliados a cuidados veterinários, são essenciais para garantir qualidade de vida, saúde e bem-estar dos animais.

Este texto foi adaptado e reformulado para melhor compreensão, mantendo o conteúdo original e informativo sobre como cuidar e entender o comportamento dos pets.




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