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quarta-feira, 03/09/2025

Como cuidar dos pés diabéticos: serviço da Policlínica do Gama

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Uma ferida no dedão que não fechava, seguida de uma infecção, levou à amputação do pé e depois de parte da perna de Luzineide da Silva, 56 anos. Ela tem diabetes tipo 2 há 15 anos e valoriza muito o acompanhamento que recebe há três anos no Ambulatório do Pé Diabético da Policlínica do Gama.

“Me sinto bem cuidada. As enfermeiras e médicos são experientes e humanos. Que bom que temos um lugar assim para nos ajudar. Fiz a primeira amputação em janeiro de 2023 e a segunda em abril deste ano”, conta Luzineide, que aguarda a cicatrização para ganhar uma prótese.

O pé diabético é um dos problemas mais sérios do diabetes descontrolado. Ele acontece quando uma ferida ou infecção no pé piora, podendo levar à amputação do membro afetado.

Raquel Carneiro, gerente da Atenção Secundária da Policlínica do Gama, destaca que o acompanhamento contínuo e o cuidado pessoal são essenciais para evitar feridas e controlar a doença. “É importante limpar e secar bem os pés todos os dias, principalmente entre os dedos, e olhar se há machucados. Com o diabetes, a sensibilidade diminui e as feridas podem passar despercebidas”, explica.

Na Policlínica do Gama, entre janeiro e junho de 2025, foram feitos 2.457 atendimentos no Programa Pé Diabético. Os cuidados indicados incluem usar hidratantes para evitar pele seca; calçados confortáveis e firmes; cortar as unhas de forma reta; checar a temperatura da água do banho; manter os curativos limpos; e seguir uma dieta equilibrada e controle da glicemia.

Francisco Belarmino de Souza, 73 anos, também recebe acompanhamento. Com diabetes tipo 2 e doença arterial periférica, ele passou por angioplastia e limpeza de ferida após uma lesão no calcanhar do pé direito. “O tratamento aqui é muito bom, a equipe é atenciosa e profissional. Os curativos são feitos com muito cuidado. Estou satisfeito”, destaca, ressaltando a importância da troca semanal dos curativos.

A enfermeira Cíntia Pelegrini explica que o plano de cuidado inclui avaliar a ferida, escolher o curativo adequado, trocar o curativo e acompanhar a cicatrização. “Muitos pacientes já tiveram amputações, infecções ou lesões graves nos pés recentemente. É preciso acompanhamento médico regular, controle do diabetes, cuidado pessoal, alimentação saudável e, se puder, exercícios adaptados”, diz.

O Programa Pé Diabético conta com médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que oferecem atendimento completo, inclusive para pacientes no pós-operatório de amputações e limpezas de feridas. Além da Policlínica do Gama, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal oferece atendimento em Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Sobradinho, Planaltina, Guará, Plano Piloto e no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh). Nesses locais, são feitos curativos, avaliação das feridas, verificação dos pulsos nos membros inferiores e orientação para o autocuidado.

Os sintomas mais comuns do pé diabético são fraqueza nas pernas, formigamento constante, queimação nos pés e tornozelos, dormência, dor e sensação de agulhadas, além da perda de sensibilidade. O primeiro atendimento acontece na unidade básica de saúde (UBS), com encaminhamento para serviços especializados quando necessário.

Informações da Agência Brasília

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