Se você vai viajar para o exterior, é muito importante verificar sua carteira de vacinação. A vacina contra a febre amarela, por exemplo, é parte do calendário básico de vacinação no Brasil, além de ser exigida por vários países para a entrada.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informa sobre o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), que comprova a imunização contra a febre amarela. Essa vacina é indicada para pessoas a partir dos 9 meses e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Uma única dose oferece proteção vitalícia, sem precisar de reforço.
Pessoa que recebeu a vacina desde 30 de dezembro de 2022 pode emitir o certificado pelo aplicativo Meu SUS Digital, usando o mesmo login do Gov.br. O certificado é gerado automaticamente, não expira e só é preciso emitir uma vez. Brasileiros e estrangeiros vacinados no país que vão viajar para fora do Brasil podem emitir o CIVP. Crianças a partir de 9 meses também precisam do certificado.
Quem foi vacinado antes dessa data e não tem o registro no sistema deve procurar uma UBS para atualizar os dados ou seguir as orientações disponíveis no site da Secretaria de Saúde do DF.
Isenção
Se a pessoa tem registro da vacina, mas sem o número do lote, terá que tomar a dose novamente. Quem não pode receber a vacina por motivos médicos deve ir ao ambulatório do viajante para obter um Atestado de Isenção de Vacinação, válido internacionalmente, em português e inglês. O serviço também atende pessoas que vão para outras regiões do Brasil, especialmente a Amazônia. O atendimento é no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), às terças e quintas-feiras, das 14h às 17h, com agendamento pelo telefone 3449-4733 ou pelo e-mail agendamentocriehran@gmail.com.
Francisco Nascimento, 68 anos, e Cristina Sayuri, 62, estão se preparando para uma viagem ao exterior com escala na Colômbia, onde o certificado é obrigatório. Mesmo tendo tomado a vacina há anos, eles não têm o registro da imunização. “Como somos maiores de 60 anos, a vacina foi contraindicada na UBS, então fomos orientados a ir ao ambulatório do viajante”, contou Francisco.
O médico do ambulatório, Fernando Moraes, destaca a importância do certificado: “Nossa abordagem é preventiva e o certificado é obrigatório em alguns destinos. Sem ele, a pessoa pode não embarcar”.
Prevenção
O ambulatório do viajante orienta principalmente para diminuir os riscos de doenças que podem ser adquiridas em viagens, especialmente para países tropicais e subtropicais, onde a febre amarela é mais comum. Na consulta, os viajantes recebem indicações sobre quais vacinas precisam ser atualizadas, tanto na rede pública quanto na privada.
Fernando Moraes explica que o serviço vai além das vacinas: “Damos orientações sobre remédios importantes para levar na viagem, formas de prevenir trombose no voo, cuidados com a alimentação e até sobre a escolha do assento. Por isso, quem vai viajar para o exterior deve agendar uma consulta conosco”.
*Informações da Secretaria de Saúde do DF