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quarta-feira, 16/07/2025

Como cães e gatos ajudam a retardar o envelhecimento

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Ter um animal de estimação em casa traz muitos benefícios para a saúde física e mental, proporcionando felicidade, afeto e cuidados. Um grupo de pesquisadores suíços descobriu que a convivência com cães ou gatos pode retardar o declínio das funções cognitivas em pessoas com mais de 50 anos.

O estudo, realizado por cientistas das universidades de Genebra, Lausanne e Zurique, foi publicado em maio na revista Scientific Reports. Para chegar a essas conclusões, eles analisaram dados da Pesquisa de Saúde e Aposentadoria na Europa (Share) coletados ao longo de 18 anos com adultos acima de 50 anos.

Adriana Rostekova, líder da pesquisa e integrante da Universidade de Genebra, explicou que, enquanto sabe-se que ter animais é benéfico, é pouco compreendido como diferentes espécies influenciam nas funções cognitivas.

No estudo, os donos de cães tiveram melhor desempenho em provas de memória imediata e tardia, ou seja, eram capazes de lembrar informações pouco após serem apresentadas e também depois de várias horas ou dias. Já os donos de gatos apresentaram um declínio menos acentuado na fluência verbal, relacionada à capacidade de formar frases e expressar ideias com clareza.

Por outro lado, animais como peixes e pássaros não aparentaram contribuir para a preservação das funções cerebrais. Isso pode ser explicado pela menor interação e estímulo proporcionados por esses pets, além do fator da vida útil curta e o impacto do som dos pássaros no sono do dono, o que pode prejudicar a saúde neurológica.

Rostekova comenta que a interação com cães e gatos oferece um estímulo cognitivo específico, menos encontrado em animais que requerem menos atenção. Esses pets ativam regiões do cérebro associadas à socialização, memória e atenção, como o córtex pré-frontal e o hipocampo.

Este trabalho abre nova perspectiva sobre o papel dos animais de estimação na diminuição dos efeitos do envelhecimento cognitivo natural. Contudo, os pesquisadores destacam a necessidade de mais estudos para entender melhor os impactos neurológicos dessa convivência em idosos.

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