Crédito para pequenas empresas e pacote de socorro às companhias aéreas para atenuar os efeitos da pandemia estarão na pauta
O final de semana foi de tensão com o anúncio da saída de Mansueto Almeida, secretário do Tesouro e fiador do ajuste fiscal. O nome do seu substituto, Bruno Funchal, um técnico da pasta, ajudou a acalmar os ânimos, mas há tensões de fundo cujo resultado ainda é incerto, como o desfecho da crise política.
Nesta terça-feira (16), no entanto, o foco estará voltado para Gustavo Montezano, que está próximo de completar um ano como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ele será ouvido às 10 horas pela comissão mista do Congresso, formada por seis deputados e seis senadores, que monitora o cenário fiscal e orçamentário relacionado com as medidas emergenciais de combate aos efeitos do novo coronavírus.
O BNDES é peça relevante em vários eixos. Entre eles, o financiamento da folha de pagamento e a liberação de crédito de capital de giro para pequenas e médias empresas, que tem sido criticada pela baixa velocidade e efetividade em fazer com que os recursos cheguem na ponta. Outro pilar é o financiamento da área de saúde, de forma a ampliar o número de leitos e outros equipamentos necessários no momento.
Outro tema quente da audiência deve ser o pacote de resgate das empresas aéreas, entre as mais afetadas pela crise. Na sexta-feira (12), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o programa de socorro do BNDES já estava sendo desenhado e envolveria uma parceria com o mercado e os bancos privados.
Por enquanto, a atuação do BNDES tem sido relativamente contida para evitar repetir o superdimensionamento em reação à crise de 2008 e que contribuiu para a crise fiscal a partir de 2014. Mas segundos os críticos, o banco está pecando por não mobilizar todo seu potencial na mais grave crise econômica em um século pela pandemia do coronavírus. Era justamente a hora de o banco se movimentar, dizem os críticos do governo. Com a palavra, Montezano.
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