O cometa 3I/ATLAS chamou a atenção dos cientistas novamente. Analisando fotos feitas depois que ele passou perto do Sol, os pesquisadores notaram que o cometa não se quebrou, mesmo após se aproximar bastante do astro.
Imagens capturadas em 11 de novembro com um telescópio mostraram que o cometa ainda tem uma cauda apontando para o lado oposto ao Sol, indicando que ele ainda está liberando material. Normalmente, espera-se que o cometa se desfaça por causa da intensa transformação do gelo em gás quando se aproxima do Sol.
Avi Loeb, ex-chefe do departamento de astronomia da Universidade de Harvard e líder do Projeto Galileu, que procura sinais de tecnologias extraterrestres, publicou um texto explicando essas observações incomuns do cometa.
Segundo Avi Loeb, o comportamento do 3I/ATLAS é estranho, pois para não se destruir ao passar pelo ponto mais próximo do Sol, ele precisaria de uma energia maior do que possui. Isso gera dúvidas sobre do que o cometa é feito e de onde veio.
Avi Loeb sugere que pode haver um mecanismo não natural, talvez tecnológico, no cometa que controla os gases que ele libera, ajudando a mudar sua rota depois de passar perto do Sol.
Além disso, o cometa é o primeiro objeto vindo de fora do Sistema Solar do qual os cientistas conseguiram captar sinais de rádio, detectados através de um radiotelescópio na África do Sul, registrados como frequências específicas derivadas do gelo sublimado.
Os pesquisadores planejam continuar monitorando esses sinais de rádio, já que em março de 2026 o cometa passará relativamente perto do planeta Júpiter, facilitando novas observações.
O que é o 3I/ATLAS?
O cometa foi detectado em 1º de julho de 2025 por um telescópio no Chile. Estudos revelaram características diferentes das de outros cometas, como uma nuvem de gás ao redor do núcleo formada principalmente por dióxido de carbono, algo nunca visto antes.
O 3I/ATLAS é um objeto interestelar, o que significa que ele vem de fora do Sistema Solar e não está preso pela gravidade do Sol, seguindo uma trajetória aberta.
Pesquisas indicam que o cometa se formou em outro sistema estelar e viajou pelo espaço por milhões de anos antes de chegar ao nosso Sistema Solar.