Como resposta à grande operação das forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha na terça-feira (28/10), os criminosos do Comando Vermelho (CV) lançaram bombas utilizando drones contra policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A Operação Contenção, que visa cumprir 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão, segue em progresso.
Nas primeiras horas da ação, a polícia confiscou dois fuzis, uma pistola e nove motocicletas, além de deter 23 traficantes. Investigações apontam que entre os alvos, pelo menos 30 criminosos são originários do Pará.
Durante a operação, os criminosos reagiram com disparos e ergueram barricadas em chamas na tentativa de barrar o avanço policial.
Até o momento, quatro pessoas faleceram nos confrontos. Informações preliminares indicam que os suspeitos eram da Bahia e do Espírito Santo. Os feridos estão sob custódia e recebem atendimento no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
Um policial do Bope foi ferido de raspão na perna. Além disso, três civis inocentes foram baleados: um homem em situação de rua levou um tiro nas costas e foi levado ao hospital; uma mulher, que treinava em uma academia, foi atingida e socorrida por seu marido; e outro trabalhador de um ferro-velho também sofreu um ferimento por bala.
Esta ação, resultado de mais de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), conta com a participação de promotores do Ministério Público Estadual e tem o intuito de capturar líderes criminosos do Rio de Janeiro e de outros estados, além de impedir a expansão territorial do Comando Vermelho. Os complexos do Alemão e da Penha compreendem 26 comunidades.
Participam da operação policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE), unidades da Polícia Militar da capital e da região metropolitana, além de agentes de todas as delegacias especializadas, distritais, da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil.
Conforme o governador Cláudio Castro, “Estamos agindo com máxima intensidade e em integração plena para demonstrar que o poder pertence ao Estado. Os verdadeiros proprietários destes territórios são os cidadãos de bem, os trabalhadores. Manteremos firme a luta contra o crime organizado”.
A operação conta igualmente com suporte tecnológico, incluindo drones, dois helicópteros, 32 veículos blindados terrestres, 12 máquinas de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate para atendimento emergencial.