23.5 C
Brasília
terça-feira, 18/11/2025




Com mísseis dos EUA, Ucrânia atingiu alvos na Rússia

Brasília
céu limpo
23.5 ° C
23.5 °
22.6 °
70 %
4.6kmh
0 %
qua
30 °
qui
34 °
sex
29 °
sáb
27 °
dom
20 °

Em Brasília

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia comunicou, nesta terça-feira (18/11), que lançou mísseis balísticos ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, contra alvos militares localizados em território russo. Esta é a primeira declaração oficial confirmando o uso desse armamento em ataques transfronteiriços, após um período em que o Pentágono revisava e impedia tais operações.

A autorização para ações militares na Rússia foi bloqueada inicialmente porque o Departamento de Defesa dos EUA havia concedido ao Secretário de Guerra, Pete Hegseth, o poder de vetar o emprego dos mísseis de longo alcance.

A pressão por autorização cresceu em agosto, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a Ucrânia “não tinha chance de vitória” sem permissão para atingir alvos russos. Trump criticou o ex-presidente Joe Biden por restringir Kiev a apenas se defender, impossibilitando qualquer retaliação.

Embora esta seja a primeira operação oficialmente reconhecida pela Ucrânia, relatos sobre o uso desses mísseis em solo russo já circulavam desde novembro de 2024, quando o Japão usou o sistema para atacar um arsenal em Karachev, região oeste da Rússia.

Compromisso e Resiliência Ucraniana

Em nota, o Estado-Maior destacou que o ataque ocorrido nesta terça-feira representa um avanço importante, reafirmando o firme compromisso da Ucrânia com sua soberania.

Também foi ressaltada a persistência das forças ucranianas frente às ofensivas russas e informado que a capacidade de alcançar alvos distantes continuará sendo utilizada.

Os mísseis ATACMS são balísticos e de alta precisão, capazes de atingir objetivos situados a até 300 quilômetros. O governo do presidente Volodymyr Zelensky recebeu as primeiras versões de curto alcance na primavera de 2023, passando a operar modelos mais avançados na primavera de 2024.

Originalmente, a Ucrânia só podia utilizar o sistema para atingir posições russas dentro do território ucraniano ocupado. A permissão para ofensivas diretas em solo russo foi flexibilizada pelo presidente Joe Biden em novembro do último ano, mas a efetiva aplicação dessa autorização ocorreu recentemente, com a confirmação do ataque pelo comando militar de Kiev.




Veja Também