Pesquisa mostrou que o volume de entrada de novos negócios de serviços cresceu em julho após contração no mês anterior pela primeira vez em nove meses
A entrada de novos trabalhos aumentou, e o setor de serviços do Brasil voltou a crescer em julho após três meses, com a confiança no nível mais alto em quase seis anos, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.
O PMI de serviços do Brasil apurado pelo IHS Markit subiu a 52,2 em julho, de 48,2 em junho, voltando a ficar acima da marca de 50 –que separa crescimento de contração–, em meio a conquistas de novos clientes e um aumento na demanda. Ainda assim, houve cortes de empregos e quedas nas exportações.
A expansão dos serviços ajudou a compensar a contração na indústria, e o PMIComposto do Brasil subiu a 51,6 em julho, de 49,0 em junho.
“Os resultados coletivos, entretando, mascaram as divergências marcantes. Os problemas das tensões comerciais globais e o enfraquecimento do crescimento, junto com questões políticas e econômicas domésticas, pressionaram a produção industrial para uma contração no início do terceiro trimestre”, avaliou a economistas do IHS Markit Pollyanna De Lima.
A pesquisa mostrou que o volume de entrada de novos negócios de serviços cresceu em julho após contração no mês anterior pela primeira vez em nove meses, com destaque para as categorias de Serviços ao Consumidor e de Finanças e Seguros.
Entretanto, a demanda externa pelos serviços dos fornecedores brasileiros caiu no ritmo mais rápido desde setembro de 2018, com citações específicas de vendas fracas para a Argentina.
Apesar do crescimento do setor em julho, o nível de empregos caiu ainda mais em julho, chegando a cinco meses de contração, com iniciativas para diminuir despesas. Várias empresas, entretanto, contrataram pessoal adicional devido ao crescimento das vendas.
Já a inflação se moderou, chegando ao ponto mais fraco em quatro anos e meio. Porém alguns fornecedores de serviços aumentaram suas taxas cobradas diante do repasse de cargas de custos mais elevadas aos clientes, enquanto outros ofereceram descontos na tentativa de conquistar novos trabalhos.
A confiança em relação aos negócios chegou em julho ao pico de quase seis anos, com as empresas vendo condições econômicas melhores, políticas públicas favoráveis, parcerias, investimentos e novas licitações.