A empresa estatal chinesa Cofco, que atua no setor de sementes oleaginosas, anunciou que firmou contratos para adquirir quase 20 milhões de toneladas de soja do Brasil, óleo de soja, óleo de palma e outros produtos agrícolas, totalizando mais de US$ 10 bilhões.
Os acordos foram feitos com grandes empresas comerciais como ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus durante a China International Import Expo em Xangai.
A notícia não mencionou produtos agrícolas dos Estados Unidos, país que teve apenas compras modestas feitas pela Cofco como sinal de melhora nas relações comerciais com Washington.
Embora a China tenha reduzido algumas tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, uma taxa de 10% permanece para todas as importações americanas, o que limita maiores negociações. Por exemplo, a tarifa sobre a soja caiu de 23% para 13%, ainda alta para compradores privados.
Especialistas observam qualquer grande compra feita por empresas estatais como a Cofco após o compromisso da China de comprar 12 milhões de toneladas até o fim do ano conforme anunciado pela Casa Branca.
Essas compras acontecem em um momento em que a soja brasileira está mais competitiva em preço do que a americana, apesar da redução nas tarifas chinesas, dizem analistas.
A China ainda não confirmou oficialmente os valores dessas compras.

