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segunda-feira, 01/09/2025

CNI debate comércio e tarifas nos EUA

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Cerca de 130 empresários brasileiros viajam para os Estados Unidos nesta semana em uma missão organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O objetivo principal é negociar a redução da tarifa de 50% aplicada sobre produtos do Brasil. Setores como máquinas, equipamentos, madeira, café e cerâmica estarão representados.

A agenda inclui encontros com empresários e legisladores americanos, reuniões bilaterais com instituições parceiras e uma plenária com representantes dos setores público e privado dos dois países para fortalecer o diálogo e analisar os impactos comerciais, além de traçar estratégias para ampliar a cooperação econômica.

Está prevista também uma reunião com a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Ribeiro Viotti.

De acordo com o presidente da CNI, Ricardo Alban, a missão busca aprofundar o diálogo e contribuir para as negociações com argumentos técnicos. Ele ressaltou que as economias do Brasil e dos EUA são complementares.

Ricardo Alban destacou a importância de usar canais estruturados de cooperação para garantir relações comerciais justas e benéficas para ambos os países.

Na quarta-feira, dia 3, os empresários se reunirão no Capitólio, sede do Congresso americano, embora os nomes dos parlamentares ainda não tenham sido divulgados. Durante o dia, serão feitas reuniões bilaterais e uma audiência com a embaixadora do Brasil em Washington.

Simultaneamente, graças ao embaixador Roberto Azevêdo, consultor da CNI, a entidade participará de uma audiência pública relacionada a um processo do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) contra o Brasil, que envolve a Seção 301 da Lei de Comércio.

Essa investigação cobre comércio digital, serviços de pagamento, tarifas preferenciais, proteção de propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e questões ambientais como o desmatamento ilegal.

A CNI reafirma que o Brasil não adota práticas desleais contra empresas americanas e argumenta que as preocupações do USTR não justificam restrições comerciais sob a Seção 301.

A entidade destaca que não existem fundamentos legais para as tarifas extras, que o comércio bilateral é vantajoso para os EUA, e que medidas unilaterais prejudicam essa parceria estratégica.

Na quinta-feira, dia 4, haverá um encontro empresarial Brasil-EUA para discutir impactos comerciais e estratégias de cooperação econômica. Participam, entre outros, Ricardo Alban, Neil Bradley (vice-presidente executivo da US Chamber of Commerce), Abraão Árabe Neto (CEO da Amcham Brasil) e Lisa Schroeter (diretora global de Política de Comércio da Dow).

Comitiva

Estão presentes dirigentes de oito federações estaduais da indústria, incluindo Goiás (Fieg), Minas Gerais (Fiemg), Paraíba (Fiepb), Paraná (Fiep), Rio de Janeiro (Firjan), Rio Grande do Norte (Fiern), Santa Catarina (Fiesc) e São Paulo (Fiesp).

Também participam diversas associações setoriais e empresas como Abimaq (máquinas e equipamentos), Abrinq (brinquedos), Abal (alumínio), Abiec (carnes), Abimci (madeira), Cecafé (café), ABFA (ferramentas), Anfacer (cerâmica), CentroRochas (rochas), CICB (couro), além das empresas Tupy, Embraer, Stefanini, Novelis e Siemens Energy.

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