Brasília, 02 – Nesta semana, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, está nos Estados Unidos para tratar de questões comerciais. Ele explicou que o Brasil precisa esclarecer algumas das críticas feitas pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), que resultaram numa taxa de 50% sobre produtos brasileiros.
Ricardo Alban afirmou que é importante esclarecer pontos como desmatamento, o sistema de pagamentos Pix, o papel do Judiciário e outras questões comerciais que foram alvo de acusações.
Ele e representantes da indústria de vários estados brasileiros se reuniram com a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Ribeiro Viotti, para discutir uma audiência pública marcada para o dia 3, onde o embaixador Roberto Azevêdo, consultor da CNI, irá fazer a defesa oral do Brasil.
A investigação do USTR, iniciada em julho, envolve temas como comércio digital, pagamentos eletrônicos, tarifas, propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e problemas ambientais.
Ricardo Alban ressaltou que Brasil e EUA são os maiores produtores de etanol do mundo, importante para o combustível sustentável de aviação, e que isso pode ser um ponto para negociação.
A CNI já enviou um posicionamento oficial ao USTR garantindo que o Brasil não pratica ações injustas no comércio com os EUA. Ricardo Alban ressaltou que muitas vezes impressos oficiais não captam toda a sensibilidade da situação.
Ele também comentou que o cenário atual do comércio mundial é afetado por questões políticas e geopolíticas, mas que é fundamental manter um diálogo aberto e baseado em argumentos técnicos e econômicos, para encontrar soluções e corrigir possíveis equívocos.