Investigação policial em Brasília revelou que a Panificadora Sayonara está envolvida em um esquema de sonegação fiscal de R$ 15,5 milhões. Recentemente, um cliente da unidade localizada no Gama descobriu que a padaria vendia produtos com o prazo de validade expirado.
O episódio foi registrado em vídeo no domingo, 7 de dezembro. Nas imagens, o consumidor discute com uma mulher identificada como gerente da loja, que retira bandejas de frios como presunto, mortadela e peito de peru, todos com validade vencida em 5 de dezembro. Os produtos permaneceram expostos por dois dias após a data de vencimento.
O cliente detalhou que já havia alertado uma atendente na sexta-feira, dia 5, que prometeu comunicar à gerente. Entretanto, no domingo, os produtos vencidos ainda estavam à venda.
Ao questionar a gerente sobre a situação, ela respondeu de forma irônica, reforçando a indignação do consumidor, que começou a gravar o incidente.
Conforme o artigo 7º da Lei nº 8.137/1990, oferecer à venda produtos impróprios para consumo é crime, sujeito a detenção de 2 a 5 anos ou multa.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, a investigação aponta que os responsáveis pela Sayonara utilizaram uma empresa fantasma registrada em nomes de terceiros para omitir receitas e evitar o pagamento de tributos entre 2017 e 2022. A Justiça determinou o bloqueio de bens avaliados em R$ 15,5 milhões para ressarcir os cofres públicos.
A Panificadora Sayonara declarou que mantém suas operações com transparência e cumpre todas as obrigações legais, colaborando integralmente com as autoridades durante as apurações para esclarecer os fatos.

