A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou recentemente a implementação da cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata na rede pública de saúde.
A prostatectomia radical, que consiste na remoção total da próstata, é fundamental no combate a tumores avançados. Essa decisão representa um progresso importante na modernização das técnicas cirúrgicas disponíveis no SUS.
O parecer da Conitec considerou evidências científicas que comprovam a segurança, eficácia e custo-benefício da cirurgia robótica. Apesar dos altos custos iniciais para equipar hospitais públicos, a tecnologia proporciona melhor qualidade de vida aos pacientes, que mantêm maior produtividade e necessitam de menos cuidados pós-operatórios.
Rodrigo Nascimento Pinheiro, cirurgião oncológico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), destaca que a adoção desta técnica aprimora a qualidade dos procedimentos, atrai profissionais qualificados e otimiza a infraestrutura hospitalar, resultando na redução de custos indiretos para o sistema de saúde.
Embora em maio o procedimento tenha recebido um parecer inicial desfavorável, novos estudos clínicos demonstrando a viabilidade econômica da cirurgia robótica influenciaram positivamente a decisão final.
Benefícios clínicos e econômicos
Pesquisas internacionais mostram que a cirurgia robótica reduz complicações, transfusões e acelera a recuperação dos pacientes. Em hospitais de grande demanda, essa técnica pode diminuir filas e despesas a longo prazo.
Para controlar os custos, a Conitec sugeriu que o procedimento seja concentrado em hospitais com alta experiência na técnica, maximizando o uso dos recursos e proporcionando melhores resultados.