Em 2025, as pesquisas apoiadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) ganharam destaque sem precedentes, aparecendo frequentemente na mídia local e nacional. Este reconhecimento ressaltou a variedade de temas, a excelência técnica e o impacto social dos estudos, em um ano marcado por investimentos históricos em inovação que impulsionaram o ecossistema empreendedor do Distrito Federal.
Uma parte importante dessa visibilidade veio da seção semanal FAPDF Destaca, publicada no site e redes sociais da fundação, que se tornou uma vitrine constante para a ciência financiada na região. Entre os projetos apresentados estão o Chip-Eny, da Universidade de Brasília (UnB), que usa látex da seringueira e luz de LED para regenerar tecidos; a vacina antitumoral contra câncer de mama agressivo, também da UnB; o Sistema de Rastreamento Vector (VTS), focado no monitoramento do Aedes aegypti; o estudo que mede cortisol em fios de cabelo, oferecendo um método rápido e indolor para avaliar o estresse; e a pesquisa sobre substância extraída de vespa com potencial para combater o Alzheimer.
No setor do empreendedorismo, 2025 foi um ano de crescimento significativo. Com novas edições dos programas StartBSB, Centelha e Tecnova Brasília, a FAPDF ampliou seu suporte às startups do Distrito Federal. Conforme o presidente da fundação, Leonardo Reisman, o número de empresas apoiadas dobrou, passando de 100 para 200, e os investimentos triplicaram, ultrapassando R$ 40 milhões em comparação ao ano anterior.
Um exemplo é a startup Virdia, participante do StartBSB, que cria soluções para compostagem automática, monitoramento da maturação de alimentos e lixeiras inteligentes com sensores. Em 2025, essa tecnologia foi testada no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), mostrando que soluções locais podem alcançar escala nacional.
A atuação internacional da fundação também cresceu com o programa FAPDF pelo Mundo, que fortaleceu colaborações científicas. O Projeto Perception, em parceria com o Departamento de Engenharia Elétrica da UnB, foi apresentado na Universidade Politécnica de Madri e na Universidade de Vigo, na Espanha. A iniciativa combina hardware, inteligência artificial e comunicação via satélite para monitorar o Cerrado e a Amazônia, gerando dados importantes para políticas ambientais.
Outro destaque foi o 4º Prêmio FAPDF de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado no ano em que a fundação completou 33 anos, com homenagens às pesquisadoras Mercedes Bustamante, Maria Sueli Felipe e Rose Monnerat. As trajetórias dessas cientistas foram registradas na microssérie Memória Científica do DF, disponível no YouTube da fundação.
Internamente, a FAPDF continuou com o Programa de Integridade e lançou o FAPDF Talks, encontros presenciais para discutir temas estratégicos. Para 2026, está planejada a gestão do Centro Integrado de Inteligência Artificial (CIIA), o edital Desafio DF, além do lançamento dos programas Teia e Deep Tech, com investimentos de até R$ 7,5 milhões, e participação na campanha nacional “A ciência está em todo lugar”.

