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quarta-feira, 25/06/2025




Cid confirma caixa de vinho com dinheiro e Braga Netto nega: “Jamais”

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Em Brasília

A acareação entre o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid não chegou a um acordo ou alteração nas declarações. Ambos mantiveram as versões anteriormente apresentadas em depoimentos realizados nos dias anteriores.

Cid reafirmou a história sobre um encontro ocorrido na residência de Braga Netto, na presença dos coronéis Rafael Oliveira e Ferreira Lima. Na reunião, discutiu-se a possibilidade de provocar uma situação de instabilidade para justificar uma ação excepcional do então presidente.

Ele também insistiu na afirmação de que Braga Netto lhe entregou uma quantia em dinheiro dentro de uma caixa de vinho, declarando que o general teria dito: “Era o dinheiro que me pediu”.

Braga Netto contestou essa versão, apresentando outra narrativa e acusando Cid de falsidade. O advogado do general, José Luis de Oliveira, declarou que Cid estaria mentindo e que foi desmentido durante o confronto.

Acareação

Durante o confronto de versões no STF, Cid mencionou que os chamados “kids pretos”, também implicados na acusação da Procuradoria-Geral da República, teriam solicitado o dinheiro para a execução do plano. Ele afirmou ter consultado Braga Netto, que o orientou a contatar o tesoureiro do PL.

Cid disse: “Não me lembro exatamente da data, mas acredito que foi uma ou duas semanas depois que o general me entregou o dinheiro. Creio que foi quando De Oliveira esteve no Alvorada. Ele me deu uma caixa de vinho que continha dinheiro”.

Braga Netto negou veementemente a entrega do dinheiro. Explicou que, ao saber do pedido feito por Cid, interpretou que se tratava de verbas para campanha, estimadas em cerca de R$ 100 mil, mas que nunca conseguiu reunir tal montante. Após o partido recusar o pedido, o general afirmou que jamais entregou qualquer quantia em dinheiro ao réu colaborador.

Cid não recorda com precisão onde recebeu a quantia e afirmou que o pacote estava lacrado, o que o impediu de ver o conteúdo. Disse que o dinheiro teria sido entregue em algum ponto da casa, talvez na garagem, corredor ou sala dos ajudantes de ordens. Ele relatou que, ao receber o pacote, o colocou cuidadosamente sob a mesa, perto do seu pé, para evitar que alguém mexesse nele.”




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