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segunda-feira, 25/11/2024
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Chuva pode cair em áreas isoladas do DF durante a semana

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A expectativa do Inmet é de que o volume de chuva só melhore entre o fim de setembro e o início de outubro

Céu azul e sol em Brasília (Foto: Lucas Nanini/G1)
Céu azul e sol em Brasília (Foto: Lucas Nanini/G1)

 

Depois de 114 dias sem cair uma gota de água, ela apareceu. A chuva de ontem começou por volta das 16h30 e durou cerca de dez minutos. Tempo suficiente, porém, para aliviar a temperatura na capital, que chegou ao máximo de 33,1ºC, entre às 14h30 e às 15h30. A precipitação já tinha sido prevista pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e as regiões arrefecidas foram o começo da Asa Sul, Setor de Indústrias Gráficas, Gama, Riacho Fundo II, Sobradinho, Park Way e Núcleo Bandeirante. Em Águas Claras, só caíram respingos quase imperceptíveis.

Para a alegria de quem ainda não sentiu os benefícios da chuva, a meteorologista Odete Marlene Chiesa explica que, entre segunda e terça-feira desta semana, a estimativa é de chuvas em áreas isoladas. A partir de quarta, e até quinta-feira, a previsão passa a ser de trovoadas. “Durante a semana, a previsão de chuva é boa. A temperatura na segunda-feira deve ficar entre 18ºC a 34ºC, com umidade relativa do ar entre 60% a 20%”, esclareceu. Ela explica que isso deve diminuir o calor e dar um refresco aos brasilienses, mas não deve cair em volume significativo para mudar a realidade das barragens de Santo Antônio do Descoberto e de Santa Maria e, assim, amenizar o risco de crise hídrica.

A expectativa do Inmet é de que a situação só melhore entre o fim de setembro e o início de outubro. Mas, o problema não é novidade. Apesar de ter tomado proporções ameaçadoras, com o risco de racionamento de água e a tendência de estiagem na capital federal é uma realidade há pelo menos 10 anos. Gráficos históricos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) evidenciam que as precipitações estão abaixo da média desde 2005. Os reflexos são sentidos em pelo menos seis cidades no DF e, segundo declarações do governo local, se não chover, a situação vai piorar. O corte de água, que já ocorre em três regiões administrativas, pode ser ampliado para toda a cidade.

Fabíola Neves teve a sorte de vivenciar a primeira chuva depois do período da seca — oficialmente, de maio a setembro — que, segundo ela, castiga até os que nasceram aqui e estão acostumados com o clima. “A chegada da chuva geralmente é um acontecimento, pois esperamos por esse momento ansiosamente. Uma pena ter sido tão pouco. Deixou gostinho de quero mais”, declara. Ela estava na SQS 203 e conta que, quando começou a chover, todos em casa festejaram e já deu para sentir “o cheiro gostoso de grama molhada”.

Já Paola Comin, moradora da SQS 715 lamentou a chuva não ter chegado por ali. A moça ficou frustrada ao saber, por meio do Facebook, que estava chovendo em outras quadras. “Ter chovido por perto e aqui não, me deixa na expectativa. Acho que o clima está tão seco que a chuva secou antes de chegar aqui”, brinca. Nascidos no Sul do país, a família dela está em Brasília há 15 anos, mas, até hoje, não se acostumaram com a secura da capital. “Os problemas respiratórios aqui em casa, nessa época, são frequentes. Esse mês, fui internada com bronquite e pneumonia”, conta. Para ela, os efeitos do clima nesse ano têm sido os piores que já vivenciou. Ela ainda se preocupa com a ameaça de ter o abastecimento de água interrompido.

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