Rio Grande do Sul enfrenta graves consequências das chuvas intensas pelos últimos sete dias. O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre, permaneceu acima do limite de alerta para enchentes nesta segunda-feira (23/6), marcando o quarto dia consecutivo nessa condição.
De acordo com a Defesa Civil do estado, 132 municípios registram impactos devido às chuvas, contra 127 no domingo (22/6). O número de pessoas desalojadas chegou a 6.258, com um desaparecido e quatro vidas perdidas. Foram feitos resgates de 733 pessoas e 139 animais.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou que, às 8h, a medição do rio Guaíba na Usina do Gasômetro indicou 3,24 metros, cinco centímetros acima da medição do dia anterior. O limite de alerta, fixado em 3 metros, foi ultrapassado desde a noite de sexta-feira (20/6).
Contudo, a Defesa Civil alerta que o patamar para inundação plena é de 3,60 metros, o qual não deve ser excedido.
No Cais Mauá, outro ponto de monitoramento em Porto Alegre, o nível alcançou 2,76 metros, quatro centímetros acima da manhã de domingo. O alerta neste ponto é de 2,30 metros, com inundações a partir de 3 metros.
Na região oeste do estado, o rio Uruguai mantém estado de atenção para alagamentos em cidades como Uruguaiana, São Borja e Itaqui. Sete pontos seguem em situação de alerta nesta manhã de segunda-feira.
A Defesa Civil explica a classificação dos níveis de alerta da seguinte maneira:
- Cota de inundação extrema: quando as inundações causam danos severos ao município;
- Cota de inundação: estágio em que os primeiros danos são identificados;
- Cota de alerta: indica alta probabilidade de inundações;
- Cota de atenção: possibilidade moderada de inundações.
