Vítima relatou que sofreu abuso sexual na noite de sexta-feira (8), no campus Darcy Ribeiro. Suspeito se apresentou à polícia e negou crime; caso segue em investigação.
O porta-voz da Polícia Militar do Distrito Federal, capitão Raphael Broocke, detalhou o socorro à jovem de 18 anos que denunciou um estupro, na noite da última sexta-feira (8), no campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). De acordo com o militar, a equipe que fez o primeiro atendimento à jovem disse que ela estava “acuada, chorando bastante, muito nervosa e constrangida”.
Segundo o capitão, os militares tentaram acalmá-la, para que a jovem pudesse contar o que havia acontecido. Ele afirma que, de acordo com a vítima, o suspeito “tinha tapado a sua boca, para que ela não gritasse, e encostado algum objeto em sua costela, que aparentemente era um canivete, ou uma faca. Aí depois, procedido com o estupro”.
No sábado (9), um homem se apresentou à UnB e disse que era o envolvido no caso, mas negou a ocorrência de crime. Segundo a universidade, ele “relatou versão que diverge da denúncia feita pela estudante e seguiu para a Deam para prestar depoimento”.
A Polícia Civil confirmou que o homem se apresentou ainda na manhã de sábado. O caso é investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que não deu mais detalhes.
A universidade afirma que está em contato com a delegacia para ajudar a identificar o suspeito, inclusive com o envio de imagens das câmeras de monitoramento.
Medo na universidade
Há quase três semanas, outro crime veio à tona na UnB. A polícia prendeu Jonathan Alves, de 29 anos, suspeito de assediar sexualmente uma estudante de 22 anos. De acordo com as investigações, ele filmou a jovem no banheiro do Instituto Central de Ciências (ICC) Sul.
As estudantes do campus estão assustadas com os acontecimentos. Após a denúncia de estupro, alunos fizeram um protesto na instituição, no sábado.
De acordo com o chefe de gabinete da reitoria da UnB, Paulo César Marques, a universidade pretende instalar 16 totens de segurança no campus. “Estamos na iminência de implantar totens para pedir socorro. Dois pilotos já vão ser instalados nos próximos dias”.
“As pessoas que por ventura se sentirem ameaçadas, ou que tiverem qualquer ocorrência a narrar, vão acionar por um botão e imediatamente, o sistema vai conectar essa pessoa com a central de segurança, que vai ter a comunicação ao vivo ali, e o deslocamento de patrulha para o local onde a ocorrência tiver sendo registrada”, explica.