Dois aplicativos para encontros voltados ao público gay foram retirados das plataformas online na China. Na terça-feira (11/11), os apps Blued e Finka desapareceram das lojas da Apple e da Android.
Essas novas restrições geram preocupações quanto a um possível aumento da repressão contra a comunidade LGBT+ no país.
A China deixou de criminalizar a homossexualidade em 1999 e a retirou da lista de transtornos mentais em 2001. Contudo, casais LGBT não têm o direito de se casar nem de adotar crianças na nação asiática.
Além disso, não existem leis que protejam contra a discriminação baseada na orientação sexual ou na identidade de gênero.
Em resposta à revista Wired, a Apple confirmou que os aplicativos foram retirados seguindo as normas locais. “Seguimos as leis dos países onde atuamos. Conforme determinação da Administração do Ciberespaço da China, removemos esses dois apps apenas da loja chinesa.”
Plataformas internacionais de relacionamento, como o Tinder e o Grindr, muito usadas no Brasil, também foram bloqueadas na China desde o início de 2022. Conhecidas redes sociais ocidentais, como Facebook e Instagram, não estão disponíveis no país.
Mesmo o TikTok, uma rede social originária da China, não tem sua versão regular acessível no território chinês. Em seu lugar, a população usa o App chamado Douyin, também criado pela empresa ByteDance. Esta versão apresenta conteúdo localizado e segue diretrizes mais rigorosas de publicação.
