“Pessoalmente, acho que a probabilidade de uma invasão em grande escala é muito baixa. Chineses nunca realizaram uma operação anfíbia. Teria que ser algo como o Dia D [o desembarque na Normandia dos aliados durante a Segunda Guerra Mundial], teria que ser enorme”, disse o ex-secretário de Defesa.
No entanto, Gates observa que Pequim tem outras medidas para “exercer uma enorme pressão” sobre Taipé “sem dar um único tiro” através de medidas cibernéticas e econômicas. Pequim “poderia colocar Taiwan de joelhos e criar enormes estímulos para que Taiwan tenha uma atitude muito diferente em relação à China”, frisou.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan relatou ontem (23) a incursão de 22 aviões do Exército de Libertação Popular (ELP) da China no sudoeste da zona de identificação da defesa aérea da ilha (ADIZ, na sigla em inglês).
Vale lembrar que os Estados Unidos aprovaram a venda de peças de reposição avaliadas em US$ 120 milhões (R$ 589 milhões) para ajudar Taiwan a manter seus navios de guerra.
Pequim considera a venda uma ação para desestabilizar a região e minar a soberania e os interesses de segurança do país, além de comprometer a paz no estreito de Taiwan.