Há muito que o Japão usa insistentemente a “ameaça chinesa”, tentando encontrar um pretexto para se livrar da sua Constituição pacifista e embarcar na antiga política de expansão militar, afirmou na quinta-feira (1) o representante oficial da chancelaria chinesa, Wang Wanbin.
“A China tem várias vezes especificado o seu posicionamento sobre o assunto. Durante um longo período, a parte japonesa tem alimentado de forma insistente a alegada ‘ameaça chinesa’, desenvolvendo incessantemente seus programas de mísseis e fazendo apelos para lançar um ataque de retaliação, o que não passa de um pretexto para criar forças armadas ofensivas”, declarou o diplomata.
Wanbin salientou que “por trás disso se esconde o desejo de Tóquio de acabar com as limitações da sua Constituição pacifista e voltar a embarcar na antiga linha de expansão militar”. Isso, segundo a chancelaria chinesa, mostra ao mundo que as tentativas do Japão de minar a ordem internacional estabelecida depois da Segunda Guerra Mundial devem preocupar a comunidade internacional.
“Como país que tem uma importante responsabilidade histórica em relação aos seus vizinhos asiáticos, o Japão deve pensar seriamente sobre a história da sua agressão, respeitar os interesses de segurança de seus vizinhos e parar imediatamente todas as ações erradas de usar as chamadas ameaças de segurança ao seu redor como pretexto para fortalecer seu próprio poder militar”, sublinhou o diplomata.
Recentemente, o Ministério da Defesa japonês solicitou um orçamento recorde para o ano fiscal que vem no valor de 5.595 trilhões de ienes (R$ 209 bilhões). Além disso, o montante indicado não é definitivo. Espera-se que o valor total das despesas militares japonesas no ano que vem supere os 48 bilhões de dólares (R$ 243 bilhões).