Relatório apontava que arsenal nuclear chinês terá triplicado até 2035, 1.500 ogivas, representando um grande perigo
A China criticou nesta terça-feira (6) as “suposições infundadas” de um relatório dos Estados Unidos de que seu arsenal nuclear terá triplicado até 2035, para 1.500 ogivas, e acusou Washington de “inflar” a ameaça que isso representaria.
Em seu relatório anual sobre o exército chinês, divulgado há uma semana, o Pentágono também destacou melhorias na força aérea chinesa. Para Washington, Pequim representa seu maior desafio militar.
Segundo o documento, os Estados Unidos estimam que a China teria uma reserva de mais de 400 ogivas nucleares.
“Se a China continuar no ritmo de sua expansão nuclear, é provável que tenha um arsenal de cerca de 1.500 ogivas” até 2035, dizem os especialistas.
Um arsenal que, no entanto, estaria longe do dos Estados Unidos e da Rússia, que possuem milhares de ogivas nucleares.
De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Tan Kefei, o relatório dos EUA “distorce a política de defesa e a estratégia militar da China, consiste em suposições infundadas sobre o desenvolvimento militar da China […] e infla e exagera a suposta ameaça militar chinesa”.
O relatório também afirma que a China adota “ações mais coercitivas e agressivas na região do Indo-Pacífico”, termo usado pelos Estados Unidos para designar uma realidade mutável de alianças na Ásia-Pacífico. Especialmente em torno de Taiwan.
Essa declaração, segundo Tan, “interfere grosseiramente” nos assuntos internos da China.
A China reivindica esta ilha como parte de seu território e Taiwan é uma fonte de tensão entre Pequim e Washington.