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terça-feira, 11/11/2025




China critica envio de navios militares dos EUA à Venezuela

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O governo da China manifestou forte desaprovação às operações dos Estados Unidos em águas internacionais do Caribe próximas à costa da Venezuela. Conforme declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, a movimentação das embarcações militares americanas para a Venezuela, sob a alegação de combater o tráfico de drogas, representa uma ameaça à estabilidade e segurança da região.

Durante entrevista coletiva realizada na última segunda-feira (15/9), Lin Jian ressaltou que ‘‘essas ações por parte dos EUA comprometem a paz e a estabilidade regionais, violam gravemente a soberania, a segurança e os direitos legítimos de outras nações, além de contrariar o direito internacional’’.

Esse posicionamento ocorre após um confronto em que um navio militar dos Estados Unidos atacou uma embarcação de pesca da Venezuela. Segundo informações do governo venezuelano, um destroyer dos EUA abordou a embarcação de forma ilegal e agressiva.

Anteriormente, um ataque semelhante realizado pelos EUA no Caribe resultou na morte de 11 pessoas. O governo do presidente Donald Trump alegou que o barco atacado tinha ligação com narcotraficantes da facção Tren de Aragua da Venezuela, mas não forneceu evidências concretas para sustentar essa acusação.

Em resposta às recentes ações americanas, Lin Jian destacou que a China continuará apoiando esforços multilaterais para combater o crime transnacional, porém discorda veementemente do uso unilateral da força e da interferência nos assuntos internos da Venezuela sob qualquer justificativa.

Sobre o episódio com o pesqueiro venezuelano, o barco afundado estava na Zona Econômica Exclusiva da Venezuela, a cerca de 48 milhas náuticas do porto, e era tripulado por nove pessoas. Conforme o Ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil, 18 militares armados tomaram controle da embarcação e impediram qualquer comunicação dos tripulantes, configurando uma provocação direta e ilegal.

Este incidente intensifica as tensões entre os governos de Donald Trump e Nicolás Maduro. Na sexta-feira anterior (12/9), Maduro convocou a população para resistir por meio da luta armada e determinou a mobilização de operações militares em 284 pontos do país como resposta à presença militar americana na costa venezuelana, alegando combate ao tráfico internacional de drogas.

O presidente Maduro tem sido a figura central das pressões militares dos EUA na região, tendo sido acusado pelo governo americano de liderar o cartel de Los Soles. Após essa acusação, Trump enviou uma frota de navios de guerra e caças F-35 para o Caribe, próximos às águas da Venezuela.

Essa decisão representa mais do que retórica política; ela cria um precedente para futuras operações militares dos Estados Unidos em outras nações, utilizando a justificativa da guerra contra o terrorismo para justificar intervenções externas.




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