O Ministério da Defesa Nacional da China declarou nesta quinta-feira (27/11) que o Japão enfrentará graves consequências caso ultrapasse certos limites e crie problemas. Esta fala surge como resposta ao plano japonês de posicionar mísseis de médio alcance na Ilha Yonaguni, a cerca de 110 quilômetros de Taiwan.
Os dois países asiáticos atravessam uma fase de tensão diplomática envolvendo Taiwan. O clima piorou após a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, mencionar que o Japão poderia tomar medidas militares se a China tentar intervir em Taiwan.
No domingo passado (23/11), o governo japonês anunciou a implantação de mísseis guiados de médio alcance em Yonaguni. O ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, reiterou que o país segue avançando nos preparativos e afirmou que essa ação visa diminuir o risco de ataques contra o Japão, sem aumentar tensões na região.
Em resposta ameaçadora, a China afirmou nesta quinta-feira:
“O Exército de Libertação Popular da China possui capacidade e recursos suficientes para neutralizar qualquer agressor. Se o Japão ultrapassar seus limites e causar problemas, pagará caro”, declarou o Ministério da Defesa chinês.
O porta-voz da Defesa chinesa, o Coronel Jiang Bin, ressaltou que a questão de Taiwan é assunto interno da China e criticou duramente o Japão: “Em vez de reconhecer erros do passado durante a invasão e colonização de Taiwan, o Japão insiste numa postura errada ao considerar uma intervenção militar hipotética em Taiwan.”
Taiwan
Taiwan é uma ilha que administra-se de forma independente da China. Diante da tensão, a nação anunciou um orçamento especial de defesa de 40 bilhões de dólares em 26/11, em reação à crescente pressão de Pequim.
O presidente de Taiwan declarou na ocasião que a dedicação à paz e estabilidade da ilha é firme e que nenhum país tem mais compromisso em proteger o futuro de Taiwan que o seu próprio.
A China, por sua vez, considera que a reintegração de Taiwan ao controle chinês é essencial para preservar a ordem mundial pós-Segunda Guerra. Em conversa recente com o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente chinês, Xi Jinping, ressaltou a importância da cooperação entre os países para enfrentar essa questão.
Xi afirmou que a China e os EUA combateram juntos o fascismo e o militarismo; diante dos acontecimentos atuais, é ainda mais crucial unirem forças para proteger as conquistas da Segunda Guerra.
