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domingo, 16/11/2025




Chile mobiliza 26 mil militares para garantir a segurança nas eleições

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As Forças Armadas do Chile assumiram neste sábado (15/11) o comando de todas as 3.379 seções eleitorais distribuídas pelo país, preparando o cenário para as eleições presidenciais e parlamentares de domingo (16/11). O Ministério da Defesa mobilizou mais de 26 mil soldados para assegurar que o processo eleitoral ocorra de maneira ordeira e protegida.

A ministra da Defesa, Adriana Delpiano, destacou que as tropas já estão posicionadas do extremo norte ao extremo sul — desde Visviri, na fronteira com o Peru, até Villa Las Estrellas, na Antártida. Além disso, 4.435 voluntários da Defesa Civil e da Cruz Vermelha apoiam com logística e assistência aos eleitores.

“As autoridades permanecem nas seções para promover eleições presidenciais e parlamentares seguras e organizadas em 2025”, informou o governo.

Obrigatoriedade do voto e regras no dia da eleição

O voto é obrigatório para cidadãos chilenos residentes no território nacional. Os eleitores que não comparecerem poderão ser penalizados com multas que variam entre 0,5 e 1,5 UTM, com valores atualmente entre US$ 34.771 e US$ 104.313, conforme a gravidade da infração.

Os locais de votação funcionarão das 8h às 18h, horário local, podendo estender o funcionamento caso haja eleitores na fila, seja dentro ou fora das instalações. A operação militar continuará ativa até o encerramento das urnas e o transporte seguro do material eleitoral.

Contexto político atual

A principal candidata a substituir o presidente Gabriel Boric é a comunista Jeannette Jara, que se destaca em uma das décadas mais conturbadas da história recente chilena, marcada por protestos em 2019 que resultaram em 32 mortos e mais de 3 mil feridos.

Após duas tentativas fracassadas de criar uma nova Constituição, a direita radical ganhou força com um discurso centrado na ordem e controle da criminalidade, temas que dominam o debate público.

Neste cenário, a disputa presidencial se intensifica entre a comunista moderada e candidatos de direita, como José Antonio Kast, do Partido Republicano e aliado de Jair Bolsonaro, conhecido por defender políticas rigorosas contra o crime e a imigração; Johannes Kaiser, ultraliberal, produtor de conteúdo e provocador; e Evelyn Matthei, uma opção de centro-direita mais moderada.

Como será a votação

As eleições terão formatos distintos conforme a região: três processos eleitorais acontecerão nas áreas que escolherão presidente, deputados e senadores — incluindo Arica e Parinacota, Tarapacá, Atacama, Valparaíso, Maule, La Araucanía e Aisén. Em outras regiões, deverão ocorrer duas votações para a escolha de presidente e deputados.

No exterior, os eleitores irão votar apenas para presidente da República. O governo chileno espera que a participação dos eleitores seja elevada neste domingo, impulsionada pelas medidas de segurança ampliadas e pelo voto obrigatório.




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