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segunda-feira, 22/09/2025

Chico, Gil e Caetano lideram gritos contra anistia em protesto no RJ

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YURI EIRAS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

No domingo (21), Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e outros artistas estiveram presentes em um protesto na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, contra a proposta de anistia para responsáveis por atos contra instituições democráticas.

O grupo cantou e gritou ‘sem anistia’ durante o ato, que reuniu um grande número de pessoas ocupando cerca de cinco quarteirões da avenida Atlântica. O evento atraiu um público maior que os recentes protestos dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorridos no mesmo local.

Deputados como Glauber Braga e Jandira Feghali também discursaram contra a proposta chamada PEC da Blindagem, que visa impedir processos judiciais contra parlamentares no STF sem autorização da Casa Legislativa correspondente.

Movimentos sociais como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União Nacional dos Estudantes (Une) também participaram do evento ouvindo as falas e apoiando os artistas nas apresentações musicais.

À tarde, apresentações de Maria Gadu, Dira Paes, Carol Castro, João Vicente de Castro e outros artistas animaram a manifestação, sendo destacados os momentos com Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil, que entoaram músicas de protesto como “Cálice” e “Sem Lenço, Sem Documento”.

Gilberto Gil falou sobre a luta pela autonomia e reforçou que o voto em Lula representa a resistência da democracia no Brasil, seguido de canções significativas como “Aquele Abraço”.

Caetano Veloso ressaltou a importância do momento político e cantou “Desde que o samba é samba”. Chico Buarque, Djavan, Jorge Vercillo e Maria Gadu também reforçaram as mensagens contrárias à anistia.

Dois bonecos infláveis representando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ex-presidente Jair Bolsonaro estiveram presentes como símbolos do protesto.

O protesto foi organizado por movimentos sociais ligados à esquerda, como as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, abrangendo pelo menos 33 cidades brasileiras, com o objetivo de pressionar contra a aprovação da PEC da Blindagem e do projeto de anistia na Câmara dos Deputados.

A PEC, aprovada recentemente na Câmara, permite que o Congresso impeça processos judiciais contra parlamentares no STF sem aprovação prévia, e ainda aguarda votação no Senado para sua aprovação final.

O projeto de anistia que tramita com urgência visa abranger crimes cometidos entre as eleições de 2022 e o ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, mas enfrenta forte oposição pelos participantes do ato.

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