O chefe de gabinete da administração do Riacho Fundo 2, Francisco Gilvan Ferreira da Silva, que foi filmado tentando vender um lugar na fila da habitação do Distrito Federal, foi exonerado pelo governo do DF na noite desta quarta-feira (31). A saída do servidor foi assinada pelo governador Agnelo Queiroz assim que a midia mostrou uma reportagem mostrando o funcionário negociando um lugar na fila por R$ 15 mil.
O governador também pediu a abertura de uma investigação sobre o servidor pela Secretaria de Transparência. Devido à denúncia, o GDF anunciou que vai verificar a lista de inscritos no programa “Morar Bem” feita pelas cooperativas habitacionais.
Na gravação, o chefe de gabinete da administração do Riacho Fundo 2 oferece a substituição do nome de uma pessoa inscrita no programa pelo de outra, mediante o pagamento.
Nas imagens, Silva diz que consegue um apartamento da Sedhab. Segundo ele, o dinheiro pedido iria para o morador que abriu mão da compra.
“Agora, em agosto talvez, a Sedhab vai reabrir. E eu estando com seus dados aqui, já entro em contato com você. Aí eu já procuro abrir a vaga pra você aqui, que com certeza vai ter muita desistência”, diz Silva.
Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), Luciano Queiroga, contratos antigos permitem que 206 cooperativas do Riacho fundo 2 indiquem moradores para a compra. Com a denúncia, não serão mais aceitas listas de candidatos das cooperativas. Todos os contratos feitos até agora vão passar por reavaliação, segundo ele.
“O que nós vamos fazer é olhar o universo de pessoas que não foram ainda contempladas e fazer uma nova verificação dessa lista de pessoas antes da gente começar a atender exclusivamente através do nosso cadastro de habitação”, afirmou Queiroga.
Para comprar um imóvel pelo programa habitacional do governo do DF é preciso fazer inscrição na Secretaria de Habitação (Sedhab). A liberação da casa ou apartamento leva em consideração o lugar na fila e critérios sociais. Atualmente, a fila de espera para comprar um imóvel no programa habitacional do DF é de 376 mil pessoas, segundo a secretaria.
“O governador Agnelo Queiroz reitera que o poder público não cobra nenhuma taxa ou qualquer outro valor para que os cidadãos se inscrevam e conclama a população a denunciar todos atos praticados fora das normas legais e das regras do programa”, informou a Secretaria de Comunicação do GDF.