Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit, que representa a indústria têxtil e de vestuário, analisa com cuidado as conversas sobre as tarifas que os Estados Unidos aplicam sobre produtos brasileiros. Ele não espera que os EUA retirem imediatamente a taxa extra de 40%, que aumentou a tarifa para 50% sobre vários produtos do Brasil.
Pimentel comenta que qualquer acordo entre os dois países vai requerer concessões do Brasil em assuntos que interessam ao governo americano, o que pode atrasar um consenso rápido. Mesmo assim, ele vê como um passo positivo a reunião na Malásia entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, que decidiu que as equipes dos dois países buscarão um entendimento.
“Não espero resultados imediatos, mas também não creio que irá demorar muito. Não penso que todas as taxas serão retiradas de uma vez. As negociações provavelmente envolverão trocas de interesses entre os governos”, explica Pimentel. Ele ressalta que esses processos são complexos e nunca são rápidos, mas enxerga os avanços com cautela, o que é normal em negociações internacionais.
Estadão Conteúdo
