A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO/DECOR), indiciou Luiz Carlos Rodrigues Garcia, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), por atividades criminosas na capital federal.
Conhecido como Paraíba, ele é investigado por usar recursos do PCC para custear protestos organizados por parentes de presos de alta periculosidade na Penitenciária Federal de Brasília, em 2022.
Recentemente, uma grande operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal apurou um esquema criminoso relacionado ao setor de combustíveis, com participação do PCC.
No Distrito Federal, a apuração da Polícia Civil revelou que os fundos do PCC foram empregados para estruturar logisticamente as manifestações feitas por familiares de detentos no sistema prisional local. Essa ação buscava reforçar as estratégias da facção, envolvendo tanto movimentações políticas quanto o manejo de recursos ilícitos.
As investigações comprovaram que Paraíba recebeu, movimentou e repassou valores oriundos de crimes patrimoniais e tráfico de drogas, ocultando suas verdadeiras origens. Ele utilizou esses recursos para contratar serviços de empresas envolvidas em eventos públicos relacionados às manifestações.
Em 31 de janeiro de 2022, foram identificadas transações financeiras com empresas que forneciam locação de estruturas, banheiros químicos, publicidade e marketing para apoiar a logística dos protestos sob análise. No dia seguinte, os pagamentos continuaram para empresas de alimentação, assistência médica domiciliar e locação de tendas e estruturas temporárias.
A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado detectou a formalização de contratos de locação de tendas para o evento do dia 3 de fevereiro, comprovado com recibos de pagamento. Simultaneamente, Paraíba recebeu somas consideráveis de fontes suspeitas, incluindo pessoas com histórico criminal por tráfico de drogas e crimes patrimoniais.