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sexta-feira, 15/08/2025

Chanceler russo usa moletom da URSS em encontro com Trump e Putin

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Viralizaram nas redes sociais imagens do chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, que chegou ao local do encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, usando um moleton com a inscrição CCCP, o acrônimo em russo para a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS, em português).

Os presidentes se encontram na tarde desta sexta-feira (15/8), em uma base militar no Alasca.

Clima de guerra fria

Lavrov tem sido a voz de resposta a recentes ameaças feitas por Trump de novas sanções à Rússia. Ele, inclusive, concedeu entrevistas à imprensa na porta do hotel com o moletom — embora vestisse também um colete por cima, que tampou parte do acrônimo.

A União Soviética (URSS) foi o estado formado a partir da Revolução Russa de 1917 que incluía 15 repúblicas, englobando tanto o território russo quanto países do leste europeu. A URSS terminou em 1991, encerrando a Guerra Fria, quando EUA e Rússia disputaram influência global.

Não foi só o moletom do chanceler russo que trouxe recordações do conflito: a reunião ocorreu em uma base no Alasca que no passado foi usada pelos EUA para espionagem das atividades da URSS.

Esta base militar tem um papel histórico importante, pois foi essencial para os norte-americanos conterem a União Soviética durante a Guerra Fria e permanece relevante até hoje.

Encontro de líderes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu Putin nesta sexta-feira (15/8) em Anchorage, no Alasca, para uma cúpula que busca discutir possíveis caminhos para encerrar a guerra na Ucrânia. A reunião ocorre sem a presença de autoridades ucranianas.

Trump anunciou o encontro, que chamou de “cara a cara”, na semana passada, reacendendo a possibilidade de um diálogo sério sobre o fim do conflito que já dura três anos no leste europeu.

Putin, por sua vez, chega à reunião sentindo que já conquistou uma vitória: o reconhecimento do fracasso das tentativas ocidentais de isolá-lo.

Além disso, a escolha do Alasca favorece Moscou: é um território próximo à Rússia, longe do campo de batalha, e considerado simbólico, pois foi vendido aos EUA no século 19.

Putin resiste às exigências

Putin deseja que as áreas controladas pela Rússia nas regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson permaneçam sob seu domínio, exigindo a retirada das forças de Kyiv.

A Ucrânia rejeita essas demandas e acusa Moscou de se preparar para novas ofensivas.

Na terça-feira (12/8), o ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou claramente que não reconhecerá qualquer decisão tomada sem a participação do seu país, ressaltando que “é impossível discutir a Ucrânia sem a Ucrânia”.

Trump tenta melhorar sua imagem política como mediador global. Desde que voltou à Casa Branca, alterna críticas e elogios tanto a Putin quanto a Zelensky.

Embora tenha suspendido temporariamente o apoio militar à Ucrânia e estipulado prazos para sanções à Rússia, recuou algumas vezes.

Nesta semana, baixou as expectativas, descrevendo a reunião como uma “avaliação inicial”, afirmando que poderá decidir “em dois minutos” se existe possibilidade de acordo.

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