O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, gerou controvérsia ao fazer declarações negativas sobre países durante recentes eventos. Em uma visita a Hamburgo, ele relatou, em conversa informal com um padeiro, que não encontrou “pão decente” no café da manhã em Luanda, capital de Angola.
Merz estava em Luanda para participar da cúpula entre a União Europeia e a União Africana, com foco em temas como segurança, governança e paz. Ele mencionou sentir falta de produtos alemães ao estar fora do país.
Além disso, após voltar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada em Belém, no Pará, Merz fez declarações que causaram constrangimento, afirmando que jornalistas que o acompanharam na conferência ficaram aliviados por deixar o Brasil.
Durante o Congresso Alemão do Comércio, ele destacou que os alemães vivem em um dos lugares mais bonitos e livres do mundo, e ressaltou a importância de valorizar e proteger a democracia e a ordem econômica no país.
As declarações do chanceler têm sido interpretadas como tentativas de agradar setores mais extremistas do eleitorado alemão, frente ao crescimento da extrema-direita no país.
Além dessas falas, Merz já causou polêmica associando imigrantes a problemas urbanos e defendendo deportações, declarações que foram criticadas por opositores como racistas. Também gerou críticas ao afirmar que Israel realizava o “trabalho sujo” do Ocidente em relação ao programa nuclear do Irã, contrariando a postura diplomática tradicional alemã.
