O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou nesta quinta-feira, 30, que não há motivos para preocupação exagerada sobre a situação fiscal do país devido a ações específicas do governo, como o empréstimo de R$ 20 bilhões destinado à reforma dos Correios e mudanças no programa Pé-de-Meia.
Ele afirmou que a estrutura fiscal do governo permanece estável e que essas medidas pontuais não afetarão o orçamento previsto para 2027.
Sobre o programa Pé-de-Meia, Ceron explicou que a retirada do limite máximo de R$ 20 bilhões no projeto de lei visa apenas garantir o funcionamento contínuo do programa.
Quanto ao projeto de lei que exclui até R$ 5 bilhões anuais em investimentos de Defesa da meta fiscal, ele comentou que essa decisão cabe ao Congresso e que, mesmo se aprovada, terá impacto limitado nas contas públicas. Segundo ele, o ideal é que todas as despesas estejam dentro das regras fiscais, mas essa exclusão teria efeito pequeno.
Sobre o empréstimo para os Correios, Ceron ressaltou que o Tesouro ainda não teve acesso ao plano detalhado de recuperação da empresa.
Ele também destacou que o resultado fiscal acumulado no atual governo é significativamente melhor do que os registrados na última década.
Estadão Conteúdo