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terça-feira, 25/11/2025




Centrão não escolhe líder do PT, diz Lindbergh após ruptura com Motta

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O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), minimizou nesta segunda-feira (24/11) a ruptura com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O parlamentar afirmou que o Congresso “não é um grupo de amigos” e que o Centrão “não escolhe líder do PT”, em uma crítica a Motta, que integra o grupo político.

“Isso aqui não é um clube de amigos, né? Minha relação sempre foi política. Não é o Centrão que escolhe o líder do PT. São os deputados do PT. E minhas posições são sempre muito previsíveis. Alguém achava que ficaríamos calados naquela votação do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras]? Não. Nós reagimos. Esperavam que ficássemos de boca fechada na votação da PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Blindagem? Também não. Defendemos nossa posição”, declarou Lindbergh a jornalistas na Câmara.

Quando questionado se buscaria uma reconciliação com Motta, o petista respondeu que a “relação institucional” continuará e que, para ele, o desentendimento não trará mudanças práticas.

“A relação política e institucional segue, participo do colégio de líderes. Para mim, nada muda. Não faço parte do círculo de amigos do presidente Hugo Motta. Eles têm seu grupo, com Ciro Nogueira, Eduardo Cunha, entre outros. Eu não faço parte. Portanto, nada muda para mim”, ironizou Lindbergh.

Orçamento

Em entrevista ao Metrópoles, o líder do PT afirmou que a ruptura com Motta não deverá impactar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso. Segundo ele, quem responde pela articulação do Planalto é o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

“Certamente isso não vai interferir no Orçamento. Eu sou o líder do PT, mas o líder do governo é Guimarães”, explicou.

As declarações do petista acompanham as discussões entre ele e Motta, intensificadas após a aprovação do Projeto de Lei (PL) Antifacção. Naquele momento, Lindbergh mencionou que houve uma quebra de confiança depois que a proposta do governo foi aprovada conforme o texto do relator, Guilherme Derrite (PP-SP). Ele disse que a situação gerou um enfraquecimento na relação política entre as partes, sendo um ponto crítico na colaboração entre os dois.




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