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sexta-feira, 07/11/2025




Centenas de voos cancelados nos EUA devido ao shutdown

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Na sexta-feira, 7 de novembro, começou a diminuição do tráfego aéreo nos Estados Unidos, resultado direto da paralisação governamental mais longa registrada no país. Os 40 aeroportos mais movimentados foram afetados, com centenas de voos cancelados.

Essa redução iniciou-se no 38º dia do shutdown do governo. A Administração Federal de Aviação (FAA, sigla em inglês) determinou a suspensão de 4% das operações nos aeroportos. Caso o shutdown se prolongue, o número de voos cancelados deve aumentar, podendo chegar a uma redução de 10% até 14 de novembro.

Voos internacionais, como os que partem do Brasil para cidades americanas, não estão sendo afetados. Porém, turistas brasileiros que precisarem fazer conexão entre aeroportos nos EUA podem enfrentar dificuldades nas próximas semanas.

As quatro principais companhias aéreas dos EUA — Delta Air Lines, United Airlines, American Airlines e Southwest Airlines — anunciaram o cancelamento antecipado de centenas de voos para o fim de semana. A diminuição impactará tanto o transporte de cargas quanto voos comerciais e particulares.

Segundo Bryan Bedford, administrador da FAA, “Estamos notando sinais de sobrecarga no sistema, por isso estamos antecipando a redução do número de voos para garantir que a população americana continue voando com segurança.”

Motivos da redução no tráfego aéreo

Devido ao shutdown, as equipes responsáveis pelo controle do tráfego aéreo foram reduzidas e os colaboradores que permanecem trabalhando não estão recebendo pagamento.

Representantes da Casa Branca explicaram que a medida é preventiva para assegurar a segurança das operações aéreas. Bedford destacou que a FAA recebeu diversas queixas de controladores de voo trabalhando em condições exaustivas.

“Ao analisar os dados com atenção, percebemos que as pressões acumuladas, se não forem gerenciadas, impedirão que afirmemos ao público que operamos o sistema de aviação mais seguro do mundo,” afirmou Bedford.

Shutdown histórico

O shutdown nos Estados Unidos entrou no 38º dia consecutivo em 7 de novembro, resultante do impasse entre o presidente Donald Trump e o Congresso. A paralisação afeta milhões de cidadãos, interrompe programas federais e prejudica a economia da maior potência mundial.

Sem avanços nas negociações, republicanos e democratas continuam trocando acusações. A disputa envolve o orçamento e temas relativos à saúde e programas sociais, evidenciando o bloqueio político em Washington.

Histórico da crise

O shutdown começou em 1º de outubro, após o Congresso não aprovar o orçamento federal. No dia seguinte, a Casa Branca iniciou cortes de pessoal em diversos órgãos governamentais.

Em 10 de outubro, Donald Trump declarou a intenção de demitir muitos servidores que, segundo ele, estariam alinhados ao Partido Democrata.

Mesmo depois de uma decisão judicial que suspendeu novas demissões, o governo manteve os cortes e indicou que mais desligamentos, chegando a 10 mil funcionários, podem ocorrer se o impasse persistir.

Mais de um milhão de funcionários sem salário

Com o prolongamento do shutdown, que ultrapassa o recorde anterior, mais de um milhão de servidores federais continuam sem salário. Alguns foram obrigados a permanecer trabalhando, enquanto outros estão em licença sem remuneração, sem previsão de retorno.

Embora haja uma lei que garante o pagamento retroativo após o fim do shutdown, o governo dos EUA ainda não confirmou a aplicação dessa regra nesta crise. Trabalhadores terceirizados, como faxineiros de museus e motoristas contratados, nem sequer têm essa garantia.




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