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quinta-feira, 06/11/2025




Censo 2022: mulheres estudam mais, mas ganham menos

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Apesar de as mulheres terem mais educação, elas ainda são minoria no mercado de trabalho e recebem salários menores que os homens. De acordo com o Censo 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 09 de junho de 2024, 62,9% dos homens com mais de 14 anos estavam trabalhando, enquanto entre as mulheres essa proporção era apenas 44,9%.

As mulheres representam 52% da população, mas apenas 43,6% da força de trabalho em 2022.

Elas são maioria em três grupos principais: profissionais das ciências e intelectuais, trabalhadores de apoio administrativo e trabalhadores dos serviços e comércio. Já em ocupações como operadores de máquinas, montadores, forças armadas, policiais e bombeiros, a presença feminina é menor. Nas atividades, elas dominam os serviços domésticos com 93,1%, e são mais de 70% nos setores de saúde, serviços sociais e educação.

Renda

Os salários também mostram desigualdade. A média masculina foi de R$ 3.115 por mês, R$ 609 a mais que a média feminina de R$ 2.506. A diferença salarial aumenta conforme o nível de escolaridade.

Entre trabalhadores com ensino superior completo, os homens ganhavam em média R$ 7.347, enquanto as mulheres recebiam cerca de 60% desse valor, ou R$ 4.591. Porém, as mulheres são mais instruídas: 28,9% das mulheres tinham ensino superior completo, contra 17,3% dos homens.

O IBGE também apontou diferenças salariais por cor ou raça. Os indígenas receberam em média R$ 1.653 por mês, os pretos R$ 2.061. Em contrapartida, trabalhadores amarelos ganhavam R$ 5.942 e brancos R$ 3.659.

De modo geral, pretos, pardos e indígenas tinham rendas inferiores em comparação a brancos e amarelos, e também abaixo da média nacional, independentemente da escolaridade. Entre os que têm ensino superior completo, indígenas ganhavam menos da metade dos amarelos (R$ 3.799 contra R$ 8.411). A diferença entre pretos e brancos também é grande: R$ 4.175 contra R$ 6.547.

A escolaridade também mostra diferenças. Entre brancos e amarelos, há mais pessoas com ensino superior do que sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Já entre pretos, pardos e indígenas, acontece o contrário. No grupo indígena, 34,7% não completou a educação básica, enquanto só 12,4% concluíram o ensino superior.




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