Pesquisas recentes mostram que o entusiasmo dos eleitores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem diminuído, dando lugar a uma visão mais crítica e aberta a outras opções para a eleição presidencial de 2026, deixando o futuro político incerto.
Para a primeira vez desde julho, a aprovação ao governo de Lula caiu para 47%, enquanto a desaprovação aumentou para 50%. Apesar disso, Lula ainda lidera as intenções de voto para o segundo turno, embora com uma vantagem menor diante dos pré-candidatos adversários.
Entre os eleitores independentes, a rejeição ao presidente subiu de 54% em outubro para 64% em novembro, refletindo a volatilidade e a rapidez nas mudanças no cenário político nacional.
Aliados ao governo não se surpreendem com esses números, especialmente após uma grande operação policial no Rio de Janeiro, que teve o apoio de 67% da população. Lula discordou da avaliação negativa à operação, mas reconhece a importância do tema da segurança pública, campo onde a direita costuma se destacar.
O governo busca avançar projetos no Congresso relacionados à segurança, embora a oposição ainda não tenha conseguido aprovar totalmente suas propostas. A disputa política se intensifica, com polarização e oportunismo de ambos os lados, diante de um cenário eleitoral incerto.
A ação recente da Polícia Federal, que envolveu figuras dos governos passado e atual, exemplifica essa volatilidade e incerteza. No centro dessa disputa está o grupo do centrão, que permanece pragmático e aguarda as pesquisas do próximo ano para definir suas alianças e estratégias eleitorais.
