A pesquisa eleitoral do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (8/12) revela a liderança clara de nomes tanto da esquerda quanto da direita nas eleições presidenciais de 2026.
Os dados, coletados entre terça-feira (2) e quinta-feira (4) em 113 municípios com 2.002 entrevistados, mostram uma maior fragmentação entre os candidatos da direita, com várias opções, apesar de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível e preso pela Polícia Federal (PF), continuar como o nome mais citado pelos eleitores conservadores.
Em contrapartida, a esquerda apresenta maior coesão em torno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com menos concorrentes para a sucessão.
Apesar disso, a pesquisa registrou uma elevada taxa de desconhecimento entre os entrevistados, todos maiores de 16 anos: 36% não souberam indicar o principal líder da direita, e 30% não souberam apontar o da esquerda.
Dados curiosos
Um ponto interessante é que 16% dos eleitores que se declaram petistas chegaram a afirmar que Lula é o líder principal da direita — enquanto 46% declararam não saber quem seria o maior nome desse espectro político.
Lula figura em segundo lugar entre os nomes mais associados à direita, com 9% da preferência, à frente do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com 5%, e de Michelle Bolsonaro (PL), com 2%. Já Flavio Bolsonaro, que tem o apoio do pai para a eleição do próximo ano, aparece com 1%.
A própria esquerda também apresenta certa divergência ideológica. Jair Bolsonaro é apontado como o principal líder da esquerda por 5% dos entrevistados. Logo depois vêm o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com 2%, e o ministro da Fazenda Fernando Haddad, com 1%.
Apenas 2% dos eleitores acreditam que não há um líder na esquerda. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.