Após um relatório do governo da Lituânia dizer que a empresa teria tecnologia para censurar pesquisas feitas em smartphones, a Alemanha iniciou uma investigação com o fim de testar os aparelhos
O órgão federal de vigilância da segurança cibernética da Alemanha, o BSI, está conduzindo um exame técnico em um smartphone da gigante chinesa Xiaomi para atestar se o celular possui algum recurso oculto.
Segundo informações da Reuters, a suspeita caminha junto com a de outras nações europeias que também colocaram a empresa sobre escrutínio.
Na semana passada, o Ministério da Defesa da Lituânia recomendou que a população não compre e até jogue fora celulares de marcas chinesas, como a Xiaomi, sob a alegação de que os aparelhos tinham funções de detecção e censura de termos como “Tibete Livre”, “movimento pela democracia” e “Vida longa à independência de Taiwan”.
Sobre o relatório da Lituânia, a Xiaomi negou o caso. “A Xiaomi nunca restringiu ou bloqueará qualquer comportamento pessoal de nossos usuários de smartphones, como pesquisa, ligação, navegação na web ou o uso de software de comunicação de terceiros”, informou a empresa, em comunicado.
A Xiaomi emergiu como o principal fornecedor de smartphones na Europa pela primeira vez no segundo trimestre de 2021, enviando um recorde de 12,7 milhões de unidades para a UE.
Junto com outros rivais chineses, a Xiaomi teve um aumento na participação de mercado após a aplicação das sanções dos EUA contra a Huawei, que paralisou sua divisão de smartphones antes dominante.
Contudo, a desconfiança da Alemanha não é recente e acompanha o período em que o ex-presidente americano Trump levantou suspeitas sobre a tecnologia 5G fornecida por companhias chinesas.