Após vender suas participações em vários ativos de geração e transmissão em um leilão em São Paulo, a estatal goiana Celg Participações (CelgPar) está próxima de ser encerrada, conforme informações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e do secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
Com a venda dos ativos, a CelgPar ficará apenas com duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e quatro usinas solares, sendo três próprias e uma em parceria público-privada.
O secretário-geral Adriano da Rocha Lima, que também assumiu a presidência da CelgPar, explicou que as hidrelétricas devem ser devolvidas à União, enquanto as usinas solares provavelmente passarão para propriedade do Estado, pois fornecem energia para órgãos públicos com contrato específico, limitando sua comercialização.
Sobre as PCHs, a CelgPar precisa negociar com o Ministério de Minas e Energia para devolvê-las. A PCH Rochedo, em Piracanjuba (GO), tem 4 MW e outorga válida até 2046. Já a PCH São Domingos, no município homônimo, possui 12 MW e operação sem prazo de concessão definido.
Adriano da Rocha Lima evitou definir um prazo para o fim do processo e lembrou que a empresa também vai transferir imóveis ao Estado.
Lote A
A EDP Transmissão Goiás venceu o leilão do lote A ao oferecer R$ 83,623 milhões, valor 34,46% acima do mínimo estabelecido. Disputou com a Órion Transmissão, com a Alupar também tendo apresentado proposta.
Esse lote inclui todas as ações da Firminópolis Transmissão S.A. e da Lago Azul Transmissão S.A.
Lote B
A Órion Transmissão foi a única interessada no lote B, oferecendo R$ 43,131 milhões, que representa um ágio de 35,19% sobre o preço mínimo de R$ 31,9 milhões.
O lote corresponde a 49% das ações da Pantanal Transmissão S.A.
Lote C
A Hy Brasil Energia foi única proponente do lote C, com lance de R$ 8,749 milhões, sem ágio.
Esse lote representa 20% das ações da Energética Fazenda Velha S.A.
Lote D
A Neoenergia Renováveis foi única proponente do lote D, ofertando R$ 91,840 milhões, também sem ágio.
O lote equivale a 37,5% das ações da Energética Corumbá III S.A., empreendimento no qual a Neoenergia já é sócia.
