Israel e Hamas deram sinal verde ao plano de paz para a Faixa de Gaza apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No entanto, os negociadores continuam trabalhando para superar os desafios na execução do acordo, conforme comunicado pelo governo do Catar nesta terça-feira (7/10).
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majid bin Mohammed al-Ansari, declarou: “Há um consenso total sobre o plano, então não existem impedimentos quanto aos 20 pontos propostos pelo presidente Trump.”
Ele enfatizou que “os desafios atuais estão relacionados à implementação prática, que requer foco na rapidez nas ações, permitindo o acesso internacional e a presença física na Faixa de Gaza, evitando períodos que possam agravar a situação.”
O governo do Catar, mediador das negociações entre Israel e Hamas no Egito, explicou que grande parte das discussões atuais dizem respeito à administração futura da região de Gaza.
No plano idealizado por Trump, o Hamas deixaria de governar o enclave palestino, passando o controle para um comitê neutro, supervisionado por um “Conselho de Paz” composto por autoridades internacionais — incluindo o próprio presidente dos EUA e o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
Outros temas em análise no Egito são a presença de forças internacionais em Gaza, a troca de reféns por prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária na região.
As negociações foram reiniciadas na segunda-feira (6/10), após a concordância inicial dos dois lados com o plano de paz de 20 pontos proposto por Trump. A etapa atual do diálogo visa detalhar e esclarecer os aspectos do acordo para sua concretização.