Rio de Janeiro — No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete acusados pela tentativa golpista, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, está organizando uma visita a Brasília. Ele pretende solicitar encontros com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União), para discutir o tema da anistia.
Castro participou de um evento a favor da anistia em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 7 de setembro, e conversou com a equipe do Metrópoles. O governador anunciou que estará em Brasília no dia 9 de setembro, terça-feira, onde tentará marcar reuniões com os líderes das Casas Legislativas. “Tenho várias agendas e quero agendar com Motta e Alcolumbre”, disse ele.
Durante sua participação na manifestação, ressaltou a proximidade das eleições de 2026 e declarou que vê Jair Bolsonaro como candidato: “Não aceitamos ditadura no Rio de Janeiro, 2026 está próximo, e não haverá eleição sem Jair Bolsonaro”, afirmou.
No mesmo evento, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que o verdadeiro golpe está no julgamento contra seu pai no STF.
Bolsonaro é um dos oito réus que estão sendo analisados pela Primeira Turma do STF pela suspeita de tentativa de golpe de Estado e de destruir o Estado Democrático de Direito.
Quatro sessões do julgamento estão previstas para esta semana, entre terça-feira (9/7) e sexta-feira (12/9), com expectativa de conclusão para o último dia.
Indagado, Flávio Bolsonaro afirmou esperar que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cumpra sua promessa de colocar em pauta a votação da anistia, comprometimento feito durante a eleição para a presidência do Senado.
Segundo ele, Alcolumbre prometeu votar o perdão para envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, reforçando que a anistia depende de Bolsonaro.
Também presente no evento, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), deputado Alexandre Ramagem, defendeu o ex-presidente, destacando os avanços obtidos no governo de Bolsonaro nas áreas econômica e de segurança pública.
Ramagem declarou que enfrentam perseguições, censuras, processos e tentativas de prisão, descrevendo o momento como sombrio, enquanto ele e seus aliados representam a verdade e a luz.