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quinta-feira, 21/08/2025

Casal forçava adolescentes a criar conteúdo sexual entre si, diz polícia

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Um homem e sua esposa estão sendo acusados de obrigar duas adolescentes, uma de 14 e outra de 16 anos, a criar fotos e vídeos de conteúdo sexual envolvendo as próprias jovens. As vítimas tinham que cumprir metas diárias e horários rígidos para entregar esse material.

O pai e a madrasta das adolescentes são alvos de investigação por exploração sexual de menores, associação criminosa e ameaça. A madrasta foi presa na manhã desta quinta-feira (21/8) em Curitiba (PR), enquanto o pai de uma das meninas está foragido. Outra mulher suspeita foi detida em Cerro Azul, na região metropolitana da capital.

Até o momento, o nível de envolvimento dessa terceira pessoa com as adolescentes não está claro. Contudo, investigações mostraram que seu nome apareceu em registros telefônicos relacionados a pedidos e divulgação de imagens das meninas.

De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o homem é pai da adolescente mais velha e padrasto da mais nova. A investigação começou em fevereiro, quando a mãe das adolescentes descobriu os crimes e entrou em contato com as autoridades. Ela também teria sido ameaçada pelo ex-companheiro com a divulgação de fotos e vídeos pornográficos das jovens.

Segundo o delegado Gabriel Fontana, a apuração indicou que o primeiro vídeo foi feito sob coação em outubro de 2024, quando o pai obrigou as adolescentes a produzirem conteúdo íntimo entre si.

“As vítimas eram constantemente forçadas a produzir vídeos com conteúdo pornográfico entre si e com outras pessoas, sob a imposição de metas diárias”, explicou o delegado.

Intimidação com contexto de “seita”

Com o passar do tempo, as ameaças aumentaram. Os criminosos chegaram a mencionar uma suposta ‘seita’ para assustar as adolescentes. Em uma situação, quando as vítimas não cumpriram a meta, os vídeos foram divulgados em redes sociais.

Durante as buscas, policiais apreenderam celulares e computadores, onde encontraram conversas do casal e registros de números telefônicos do Amazonas. As investigações continuam para descobrir se o material era vendido em redes criminosas especializadas.

Entenda os crimes

Os acusados responderão por infrações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):

  • Artigo 240 – Produção de pornografia infantil: produzir, reproduzir ou dirigir cenas de sexo explícito ou pornográfico envolvendo menor de idade. Pena prevista: 4 a 8 anos de prisão e multa.
  • Artigo 241-B – Armazenamento de material pornográfico: possuir ou armazenar qualquer registro de cena de sexo explícito com menores. Pena prevista: 1 a 4 anos de prisão e multa.

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