A Casa Branca divulgou, nesta terça-feira (12/8), uma imagem apoiando que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receba o Prêmio Nobel da Paz. Em uma publicação na rede social X, o governo afirmou que “o mundo pede” por essa honra e citou líderes internacionais que manifestaram seu apoio.
Confira os apoiadores:
- Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
- Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Armênia
- Ilham Aliyev, presidente do Azerbaijão
- Hun Manet, primeiro-ministro do Camboja
- Brice Oligui Nguema, presidente do Gabão
- Olivier Nduhungirehe, ministro das Relações Exteriores de Ruanda
- Governo do Paquistão
Netanyahu declarou seu apoio cerca de um mês atrás, enviando uma carta ao Comitê do Nobel na qual destacou a “dedicação firme” do presidente norte-americano à paz mundial e à estabilidade.
De acordo com a porta-voz Karoline Leavitt, Trump “encerrou conflitos” entre países como Tailândia e Camboja, Ruanda e República Democrática do Congo, além do Egito e Etiópia. Ela afirmou que, nos primeiros seis meses de seu mandato, ele teria ajudado a mediar em média um acordo de paz ou cessar-fogo por mês.
O Paquistão anunciou em junho que indicaria o nome de Trump devido ao seu papel nas negociações do conflito com a Índia. O republicano, atualmente envolvido na mediação de um cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, já havia sido indicado ao prêmio em anos anteriores durante seu primeiro mandato.
Elegibilidade ao prêmio Nobel da Paz
O Prêmio Nobel da Paz pode ser concedido a qualquer pessoa viva ou organização ativa, de acordo com o testamento de Alfred Nobel, criador da dinamite. Ele reconhece aqueles que mais contribuíram para “promover a fraternidade entre as nações, reduzir exércitos permanentes ou apoiar congressos de paz”.
Se vencer, Trump será o quinto presidente dos Estados Unidos a receber essa distinção, após Theodore Roosevelt, Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Barack Obama.
Quem pode indicar e como ocorre a escolha
Milhares de pessoas ao redor do mundo podem indicar candidatos, incluindo chefes de Estado, membros de parlamentos, professores universitários nas áreas de direito e ciências sociais, e ex-vencedores do prêmio. A autoindicação não é permitida.
Embora as listas oficiais de indicados sejam mantidas em segredo por 50 anos, os proponentes podem divulgar publicamente suas indicações, como fez Netanyahu em relação a Trump.
A decisão final é tomada pelo Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros nomeados pelo Parlamento da Noruega, geralmente políticos aposentados. Eles recebem uma lista inicial com todas as indicações e ao longo do ano fazem avaliações técnicas para reduzir a lista até a decisão final, geralmente anunciada poucos dias antes da cerimônia.
Processo e datas importantes
O prazo para as indicações termina em janeiro. Portanto, o apoio recente de Netanyahu não é válido para a premiação do ano corrente, que conta com 338 candidatos, entre indivíduos e organizações.
O vencedor recebe uma medalha, um certificado e um prêmio em dinheiro no valor de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 1,15 milhão).
O anúncio oficial será realizado em 10 de outubro, no Instituto Nobel da Noruega, e a cerimônia de entrega ocorrerá em 10 de dezembro, data que marca o aniversário da morte de Alfred Nobel.